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WWDC

Apple marca evento em junho e aumenta apostas em educação

Brasil é um dos 45 países onde a companhia investe no segmento que inclui o uso de produtos e serviços da própria companhia nas instituições do ensino

Apple Apple  - Foto: AFP

A Apple está investindo em uma nova frente de crescimento no Brasil: as escolas. Em um segmento altamente disputado por outras gigantes do setor, a dona do iPhone quer aumentar sua presença no segmento com o desenvolvimento de novos programas voltados para professores e alunos criados especificamente para o país em linha com o de acordo com a Base Nacional Comum Curricular.

As apostas no setor vão ganhar impulso ainda a partir de junho, quando a empresa vai reunir centenas de desenvolvedores e estudantes de todo o mundo no chamado WWDC, que ocorre de 10 a 14 de junho na sede da companhia, nos EUA. Na ocasião, além do anúncio do novo iOS 18, a Apple promove uma competição entre estudantes e empreendedores de todo o mundo, com o Swift Challenge.

Um dos mercados prioritários em todo o mundo, o Brasil é um dos 45 países onde a companhia investe no segmento que inclui o uso de produtos e serviços da própria companhia nas instituições do ensino. A Apple já conta com 17 mil professores no país, e a expectativa é de crescimento, com o foco na ampliação no número de escolas. Além de iPhones, iPads e Macs, a companhia se prepara para incluir na lista o Vision Pro dentro das salas de aula, produto lançado recentemente nos Estados Unidos.

Na área educacional, a estratégia é ampliar o aprendizado de tecnologia, com noções de codificação entre os jovens, e estimular o desenvolvimento criativo de aplicativos de olho no avanço de novas tecnologias como realidade aumentada. De olho ainda na jornada dos universitários, o Brasil reúne ainda dez das 17 academias de desenvolvedores ao redor do mundo, por onde já passaram mais de quatro mil alunos.

A aposta feita pela Apple é uma das estratégias que vem sendo usadas pelas gigantes do setor, de estimular a criação de mão de obra na área de tecnologia. Estudo da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação revela um déficit de profissionais na área. Até 2025, o Brasil vai precisar de 540 mil novos profissionais de TI, mas o país forma por ano apenas 53 mil.

O programa educacional das empresas ganhou impulso extra no meio da pandemia, com o ensino remoto. De acordo com a Apple, por exemplo, há modelos de aulas com mais de 120 tutorias de aplicativos da companhia, além da troca de informações com outros professores ao redor do mundo.

Para Eduardo Napucemo, especialista em tecnologia, o investimento na área educacional é um dos pilares das empresas de tecnologia. Ele lembra que é uma oportunidade ainda para fortalecer o contato dos mais novos com produtos e serviços das empresas. Ele lembra que os projetos na área de codificação vem sendo criados de acordo com a Base Nacional Comum Curricular.

— É uma área extremamente competitiva. Todas as empresas investem pesado no segmento, com projetos educacionais. A tecnologia impulsiona todos os setores neste momento e as habilidades de codificação podem ajudar os alunos a se expressarem e a se prepararem para o futuro.

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