ECONOMIA

Zona do euro registra contração no 3º trimestre; inflação tem queda expressiva em outubro

O desempenho da economia da zona do euro no trimestre foi afetado pela política do Banco Central Europeu

EuroEuro - Foto: Pixabay

A economia da zona do euro registrou uma leve contração no terceiro trimestre, afetada pelo desempenho da Alemanha, mas a inflação no bloco teve uma queda expressiva em outubro.

Segundo a agência europeia de estatísticas Eurostat, o Produto Interno Bruto (PIB) da Eurozona teve contração de 0,1% no terceiro trimestre de 2023.

Porém, ao se considerar o conjunto da União Europeia (UE) - incluindo os países que não utilizam a moeda comum - o PIB registrou uma leve alta de 0,1% entre julho e setembro, destaca a Eurostat.

De modo geral, o desempenho da economia da zona do euro no trimestre foi afetado pela política do Banco Central Europeu (BCE) de manter as taxas de juros elevadas.

Neste cenário, a Alemanha, maior economia do bloco, registrou uma leve contração de 0,1%, após os resultados fracos atualizados dos três trimestres anteriores (-0,4%, 0,0% e 0,1%).

A Alemanha, considerada a locomotiva econômica europeia, foi severamente afetada pelo aumento dos preços da energia desde o início da guerra na Ucrânia e o setor industrial do país ainda não recuperou o dinamismo.

Entre as principais economias da Eurozona, a França cresceu 0,1%, a Itália ficou estagnada (0,0%), e o PIB da Espanha avançou 0,3%.

A Áustria, com queda de 0,6%, e a Irlanda, com retrocesso de 1,8%, são as principais preocupações no bloco.

Inflação em queda 
Ao mesmo tempo, a inflação registrou uma queda expressiva em outubro, a 2,9% em termos anuais, o menor nível calculado desde julho de 2021, quando o índice foi de 2,2%.

O resultado de 2,9% em outubro ficou levemente abaixo da expectativa geral do mercado, que projetava um índice de preços de 3%.

Em setembro, a inflação na Eurozona calculada pela Eurostat foi de 4,3%.

Entre as maiores economias do bloco, a Alemanha registrou inflação de 3,0% em outubro; a França de 4,5%; a Itália de 1,9% e a Espanha de 3,5%.

Com o objetivo de controlar a inflação, o BCE adotou aumentos sucessivos das taxas de juros, mas no início de outubro interrompeu a trajetória de alta devido à fragilidade geral da economia do bloco.

O índice de outubro foi provocado pela queda dos preços da energia (11,1% em termos anuais), embora os alimentos (que são calculados em conjunto com o cigarro e as bebidas alcoólicas) mantenham a pressão, a 7,5%.

Para o analista Tomas Dvorak, da consultoria Oxford Economics, "a contínua deflação dos preços da energia e a queda da inflação dos preços dos alimentos foram os principais impulsionadores".

Por este motivo, ele acredita que o BCE iniciará a fase de cortes nas taxas de juros a partir de abril.

A inflação na zona do euro registra queda desde o nível recorde de 10,6% em outubro de 2022, depois que a invasão da Rússia à Ucrânia provocou a disparada dos preços da energia aos consumidores.

Segundo a Eurostat, a inflação subjacente – que exclui os preços voláteis da energia, os alimentos, as bebidas alcoólicas e o cigarro – desacelerou a 4,2% em outubro, contra 4,5% em setembro.

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