Para o Enem, autoconfiança é tão importante quanto conteúdo das disciplinas
A autoconfiança costuma ser consequência de um processo de estudo e aprendizado feito com dedicação e consistência
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que será realizado nos dias 21 e 28 de novembro, para inscritos entre 30 de junho e 14 de julho, e 9 e 16 de janeiro para aqueles que fizeram as inscrições entre os dias 14 e 26 de setembro, está cada vez mais perto. Mais do que saber a matéria, é fundamental que o aluno esteja preparado emocionalmente para o desafio.
Para o gerente de Inovações para Professores no SAS Plataforma de Educação, Idelfrânio Moreira, a autoconfiança costuma ser consequência de um processo de estudo e aprendizado feito com dedicação e consistência. "Assim, durante a fase de preparação, os erros cometidos levam a aprendizados que serão importantes para os momentos difíceis", pontua Idelfrânio.
De acordo com o professor de História, Filosofia e Sociologia Diogo Xavier, o aluno precisa ter autoconfiança de saber que ele se preparou para aquele momento. "O estudante deve ter em mente que ele estudou, ao longo de um ano, e que vai conseguir aplicar na prova tudo o que aprendeu", disse.
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Diogo comenta ainda que os estudantes precisam buscar diferentes formas de absorver um conteúdo. "É natural que, no Enem, os estudantes tenham um pouco mais de dificuldade. São muitas matérias e muitos assuntos dentro de cada matéria. Uma dica importante é buscar mais de uma forma de aprender aquele conteúdo. Tem gente que aprende melhor através de vídeo, outros já lidam melhor com resolução de questões... Se não deu certo com um método, pode tentar com outro, até conseguir captar da melhor forma", afirma Xavier.
A estudante Milena Gomes, 16, já ficou tão nervosa em provas de vestibulares que chegou a esquecer toda a matéria. "Foi horrível, porque eu tinha estudado muito e sabia do assunto. Mas, na hora, eu tava tão nervosa que simplesmente esqueci. Esqueci tudo. Não sabia como iniciar a resposta", desabafa.
Com medo de que isso acontecesse novamente, a aluna pediu apoio ao professor da matéria, que deu o suporte emocional que ela precisava. "Ele permitiu que eu fizesse a prova novamente, porque sabia que eu tinha estudado. Eu sempre participava nas aulas, entregava os exercícios. Contei que tinha ficado nervosa, e ele me ajudou", comenta Milena, que tem tentado manter a calma durante as provas para evitar que isso aconteça nos exames de vestibular.
O gerente de Inovações do SAS afirma quando esses "apagões" ocorrem com os estudantes, é porque ele não está conseguindo acessar a informação na memória. "Uma estratégia válida é começar a pensar em camadas, ou seja, lembrar em qual capítulo, unidade, tema está inserido aquele conteúdo específico", explica Idelfrânio, que emenda: "Como muito da nossa memória é estruturada por associação – de ideias, conceitos e imagens – pensar em tudo que rodeia uma informação específica pode ajudar a reativar a memória."