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MEIO AMBIENTE

Irrigação garante uma produção mais sustentável

Setor sucroenergético busca cada vez mais utilizar tecnologias capazes de aumentar a produtividade com métodos que ajudem o meio ambiente

Luiz Paulo HeimpelLuiz Paulo Heimpel - Foto: Folha de Pernambuco

Aliar a boa produção com o mínimo de impacto ambiental possível é um dos desafios do setor agrícola brasileiro atual. Quando falamos do principal recurso para a atividade, a água, ter menos gastos e maior aproveitamento do volume retirado é uma ótima forma de não desperdiçar.

Na produção da cana-de-açúcar, a preocupação é a mesma e o setor busca métodos eficientes e que ajudem o meio ambiente. A perspectiva de futuro é animadora, principalmente pela evolução e implementação de tecnologias adotadas no Brasil pela irrigação. Gerente de assuntos governamentais e comercial Nordeste da Netafim Amanco, Luiz Paulo Heimpel foi o responsável por apontar no Fórum Nordeste os dados e estatísticas que comprovam o sucesso da irrigação por gotejamento, uma das principais tecnologias do setor. Para ele, é preciso investir mais na área. “Se não tiver uma ferramenta que verticalize a produção, não vai ser possível alcançar os objetivos almejados”, comentou.

O especialista ainda apontou o histórico de Pernambuco com a preocupação ambiental, trazendo técnicas mais eficazes e que minimizam o desperdício de água. "O gotejamento começou em Pernambuco, mas como a cana ficava no litoral em condições favoráveis, entrou um pouco mais tarde. Mas é o estado onde a técnica mais tem crescido", completou. A irrigação por gotejamento, inclusive, tem eficiência de aplicação de 95%, segundo a Netafim/Amanco. Para irrigar 5mm, é necessário apenas 5,26 mm de água pelo método.

Clima instável, falta de recursos hídricos e espaço para a produção são alguns dos principais obstáculos do produtor. Porém, o Nordeste registra casos de sucesso, inclusive com menor espaço de plantio. É o caso do Grupo Japungu (PB). Um dos diretores, José Bolivar Melo, falou sobre o exemplo de sucesso do gotejamento, otimizando a área produtiva. “O gotejo permite que a gente plante por 12 anos. Aquela renovação que seria de meio ciclo passa a ter mais tempo com mais cortes”, diz Bolivar.

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