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Com orientação profissional, suplementos são aliados da alimentação

Especialistas recomendam o uso de suplementos quando há carência de nutrientes na alimentação natural, mas uso deve ser orientado

Suplementos alimentares: consumo deve ser com indicação profissionalSuplementos alimentares: consumo deve ser com indicação profissional - Foto: Freepik.com

Suprir a carência de algum nutriente, melhorar o desempenho físico ou até emagrecer: muitos são os usos dos suplementos alimentares, mas é preciso ter atenção ao consumo sem indicação médica.

Não é sempre que o nosso organismo consegue acessar e sintetizar todos os nutrientes necessários ao seu funcionamento regular. Seja pela falta de alguns itens alimentares na dieta cotidiana (falta de oferta no mercado, altos preços que os tornam inacessíveis), seja por alguma questão biológica ou por uma alimentação menos nutritiva, descuidada. É aí que entram os suplementos alimentares.

Atualmente, os suplementos são facilmente encontrados nas farmácias, supermercados e lojas especializadas. Os usos são variados: em geral, são consumidos com o objetivo de ganho de massa muscular, melhoria no desempenho físico (atlético, esportivo) ou para  o emagrecimento. E, erroneamente, muitos acreditam que os suplementos trazem resultados imediatos, quando, na verdade, eles apresentam resultados a longo prazo.

Carência nutricional
Para a nutricionista Natália Meira, o uso de suplementos deve ser considerada uma alternativa a mais para a nutrição do indivíduo. “Em primeiro lugar, temos que pensar em alimentação. Então, quando aquela pessoa não consegue consumir determinado alimento ou absorver determinado nutriente, aí sim podemos entrar com a suplementação”, enfatiza. “Os suplementos servem para suprir uma carência nutricional ou quando o indivíduo não conseguir atingir as quantidades necessárias pela alimentação”, concorda o nutricionista Crístenes Melo.

Alguns suplementos são mais conhecidos e utilizados pela população. A vitamina D, por exemplo, é bastante consumida. “Nós não conseguimos adquirir (a vitamina D) apenas por meio da alimentação, mas associada à exposição à luz solar. Mas, devido ao estilo de vida da população de maneira geral, é muito comum que as pessoas saiam pra trabalhar com o sol ainda bem fraquinho, e quando retornam pra casa, já não tem mais sol”, comenta Crístenes.

Outro suplemento importante é o ômega-3. Ele possui propriedades antiinflamatórias e atua na prevenção de doenças cardiometabólicas e neurodegenerativas. Encontrado especialmente nos peixes de águas profundas - como salmão e atum, mas, também na sardinha -, o ômega-3 não está muito presente nas dietas alimentares dos brasileiros.

“Nós temos dificuldades em consumir peixes no nosso dia a dia, principalmente aqueles peixes que são encontrados no fundo do mar, riquíssimos em ômega-3. Hoje, nós consumimos peixes de cativeiro, que, por sua vez, possuem quantidade baixa de ômega-3”, fala Crístenes.

Avaliação médica
Atualmente, com o boom de academias de ginástica, crossfit e treinamentos físicos de uma forma geral, um suplemento muito em evidência é o Whey Protein. Suplemento de proteína, geralmente é usado para o aumento da massa muscular e na melhoria de desempenho nos exercícios físicos, mas não só isso.

“O Whey Protein pode ser um excelente substituto alimentar nos casos em que o indivíduo não consiga realizar uma refeição, em algumas situações ou no horário adequado”, informa Crístenes. “Também indicamos para pacientes idosos, devido à perda de massa muscular própria dessa faixa etária”, acrescenta Jordânia.

Mas é importante salientar que não se deve fazer uso indiscriminado de suplementos alimentares. “A maioria dos suplementos apresenta no rótulo: ‘sob prescrição do médico ou do nutricionista’”, pontua Jordânia Veloso.

Mediante avaliação médica, através de exames laboratoriais e de metabolismo corporal, é que pode-se identificar se o indivíduo realmente necessita de suplementação, qual seria o suplemento, ou se apresenta alergia a alguma substância. “Antes de comprar e consumir qualquer suplemento é sempre importante a consulta com o médico ou com a nutricionista”, endossa Natália Meira.

Alguns mitos da alimentação

Leite é alimento inflamatório
“Não existe na literatura científica nada que associe o consumo de leite a uma inflamação do corpo. Se você não tem alergia ou intolerância à lactose, pode continuar a tomar leite.” (Natália Meira, nutricionista)

Ovo de galinha aumenta o colesterol
“Apesar de ser rico em colesterol alimentar, algumas evidências científicas têm apresentado que nem 56% desse colesterol é absorvido. O que realmente pode elevar o colesterol é o consumo de carboidratos refinados (doces, açúcares) e gorduras saturadas e trans.” (Crístenes Melo, nutricionista)

Beber suco verde pela manhã com o estômago vazio ajuda a queimar gordura  
“Mito! O que gera emagrecimento é a restrição calórica, e não o fato de estar consumindo o suco verde de jejum pela manhã.” (Crístenes Melo, nutricionista)

Carboidrato engorda  
“Alimento nenhum vai engordar por si só. Ninguém engorda porque comeu um brigadeiro nem emagrece porque comeu salada. Pensando de forma mais técnica: 1g de carboidrato só tem 4 calorias, enquanto 1g de gordura tem 9 calorias. Então, o que é capaz de engordar é a gordura, que tem mais calorias.” (Natália Meira, nutricionista)

Glúten engorda e inflama o intestino
“Mito! O que fará você ganhar peso é o consumo de energia superior ao seu gasto energético diário. Só é necessária a retirada do glúten caso o indivíduo apresente intolerância alimentar ou alguma doença específica, como a doença celíaca.” (Crístenes Melo, nutricionista)
 

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