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Hóquei sobre patins

À sombra do passado, jovens são a esperança de novos tempos para o hóquei sobre patins

Modalidade sofre com a diminuição de praticantes há cerca de 15 anos

Escolinha de hóquei sobre patins do Clube Português do Recife Escolinha de hóquei sobre patins do Clube Português do Recife  - Foto: Paullo Almeida/Folha de Pernambuco

De uma modalidade com muitos praticantes e espaço na rede televisiva nacional no início dos anos 2000 ao quase esquecimento das grandes mídias e a dificuldade de renovação de atletas. O hóquei sobre patins vive um momento desafiador não só em Pernambuco, mas em todo País. Para se manter vivo dentro dos ringues, a ordem do esporte é desenvolver as categorias de base e fazer com que as novas gerações também se interessem por taco e patins. 

Para buscar explicações sobre como o hóquei sobre patins foi perdendo expressão esportiva ao longo das últimas décadas, a reportagem da Folha de Pernambuco conversou com os diretores dos dois principais clubes da modalidade no Estado, José Neto e Leopoldo Barbosa, do Sport e do Clube Português (CPR), respectivamente. 

Para o diretor rubro-negro, ter focado tantos esforços ao longo dos anos apenas na competição entre adultos fez que criasse um atraso no cenário nacional. “Eu acho que essa defasagem que a gente sofreu a nível Brasil, vem de pensar muito na categoria adulto e esquecer a fomentação da base. E isso foi que fez com que o hóquei desse uma parada no tempo, tivesse um hiato e agora estamos com essa dificuldade para resgatar”, disse José Neto. 

Já o representante do clube luso atenta que uma boa geração dos clubes penduraram os patins e que as gerações seguintes não conseguiram dar conta da transição. “Acho que isso (enfraquecimento da modalidade) vem acontecendo de 10 a 15 anos para cá. Foi uma derrocada em pouco tempo, porque a geração que tinha, que de fato era muito boa, tanto do Sport, quanto do Português, parou por questão de idade”, começou Leopoldo.  

“Não houve renovação por parte dos clubes. Antigamente, nós tínhamos escolinha, pré-mirim, mirim, infantil, juvenil e adulto, além da categoria feminina. Hoje, a gente só tem um sub-14, sub-16 e o adulto. A renovação é muito pequena”, explicou.  

De onde vem a esperança 

Para quem está dentro do esporte, talvez a única solução possível para a modalidade se fortalecer e retomar alguma popularidade esteja no fomento às categorias de base. Para Leopoldo, o não desenvolvimento contínuo de jovens atletas acabou por criar uma lacuna do nível de qualidade entre os mais experientes e os jogadores que estão subindo. Ainda segundo o diretor, é necessário atrair mais praticantes para que o nível competitivo possa aumentar.  

 

“Quantidade no final das contas traz qualidade. Acho que está faltando quantidade de pessoas no esporte, de divulgação da modalidade, enfim, porque quando se tem muitas pessoas praticando algum esporte, o nível sobe”, refletiu. 

Segundo calendário oficial da Confederação Brasileira de Hóquei e Patinação (CBHP), entre 31 de julho a 3 de agosto, o Recife será palco do Campeonato Brasileiro de Clubes das categorias sub-14, sub-16 e sub-19. José Neto celebra o fato do Sport participar em todas essas categorias de base e se mostra esperançoso com o futuro. “A gente teve um Campeonato Brasileiro sub-14, sub-16 e sub-19 e o Sport participou e foi campeão no sub-14 e vice no sub-16. Então a gente tem de cinco a seis equipes de nível nacional que tem as categorias de base. Isso é um grande feito”, explicou. 

Além dos torneios da base, a capital pernambucana também será sede das disputas do Campeonato Brasileiro adulto masculino e feminino, entre 29 de outubro a 2 de novembro. O local de disputa ainda será definido, segundo a CBHP, mas tudo indica que as competições devem ocorrer no Clube Português do Recife. Sport - hexacampeão brasileiro adulto (93,97,10,13,14 e 18) - e CPR - tetracampeão brasileiro adulto (80,81, 98 e 00) - são camisas confirmadas no torneio. 

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