Ações geram boas receitas para o Sport em momento de seca
Com ingressos solidários e partidas de jogos virtuais Rubro-negro já arrecadou mais de R$ 160 mil. Produtos oficiais também foram bastante comercializados
Sem futebol há quase três meses no Brasil, devido a pandemia do novo coronavírus, os clubes brasileiros vêm sofrendo com a falta de receitas. Com salários atrasados e sem as rendas dos jogos e corte de verba por parte dos patrocinadores, o Sport apostou em algumas ações no intuito de angariar verba para os cofres da Ilha do Retiro. Entre ingressos solidários e participação de torcedores em campeonatos de jogos eletrônicos, o Leão arrecadou mais de R$ 160 mil. Sem detalhar valores, o departamento de marketing leonino informou que a venda de produtos oficiais também ajudaram na captação de recursos.
Com as transmissões do 'Jogo dos Sonhos' e a Final de 1987 - transmitidos no canal oficial do clube no YouTube -, além da Final da Copa do Brasil de 2008 e a final do Estadual de 2014 contra o Náutico - reprisados pela Rede Globo e SporTV, respectivamente -, o Leão somou mais de R$ 136 mil com a venda de bilhetes solidários. Somada a estes, a quinta bilheteria virtual, realizada no lançamento do novo uniforme que contou com a presença do cantor Lenine, arrecadou R$ 9 mil. Deste montante de R$ 145 mil, R$ 11.539,56 tiveram como destino a instituição Novo Jeito, que atua no combate ao novo coronavírus. O resto do valor serviu para pagar funcionários do clube, que vêm sofrendo com os salários atrasados.
Neste final de semana, o Sport terá mais dois jogos reprisados. O tricampeonato da Copa Nordeste contra o Ceará, em 2014, será transmitido pela TV Jornal, às 18h, no sábado (13). No dia seguinte, às 16h, a Band exibe a memorável vitória diante do São Paulo de Carlos Alberto Parreira, no Brasileirão de 1996. Ingressos simbólicos, a partir de R$ 10, estão sendo vendidos para a torcida.
"Neste momento de pandemia, onde as atividades estão paralisadas, nós tivemos que nos reinventar e pensar em formas de ganhar receitas. Além disso, formas de gerar engajamento nas redes sociais, gerar uma movimentação junto ao nosso torcedor, para que não gere um distanciamento entre clube e torcida. A gente tem feito uma série de ações digitais, de modo que temos atingido os objetivos que estamos buscando", afirmou o diretor de marketing rubro-negro Rafael Soares.
Apostando no mundo dos games, o Sport também faturou uma boa quantia com jogos virtuais. Com três campeonatos de Pro Evolution Soccer (PES) - parceiro do clube - e com inscrições esgotadas para o torneio de Free Fire, o Rubro-negro conseguiu pouco mais de R$ 20 mil. Com inscrições a R$ 40, cada competição conta com 128 participantes. A ideia é continuar apostando em ações no segmento. "Fizemos três campeonatos de PES e todos lotaram. Em julho vai ter o de Free Fire, que também já esgotou as vagas. Estamos entrando no mundo dos games, e o intuito é entrar de vez nas competições. Em breve, vamos ter nossa equipe para participar destes torneios. Tem gerado uma receita legal para nós e o próximo campeonato que queremos fazer é o de Counter-Strike", explicou Soares.
Ainda segundo o departamento de marketing do Sport, mesmo sem o funcionamento das duas lojas físicas oficiais do clube, o Leão conseguiu levantar boas receitas com as vendas pela internet. Com o lançamento dos novos uniformes da Umbro, foram mais de quatro mil camisas vendidas apenas durante a live com a participação de Lenine, no último dia 30. Além disso, a comercialização de máscaras de proteção personalizadas, para uso no combate ao novo coronavírus, também geraram um bom dinheiro aos cofres rubro-negros. "Apesar de não saber o valor exato, não estávamos dando conta dos pedidos. Tivemos que contar com quatro fornecedores", revelou o diretor de marketing.
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