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Público nos estádios

Aglomeração fora do estádio e show contra River marcam noite do Atlético-MG

Apenas 30% da capacidade total do Mineirão foi liberado, o que representa pouco mais de 17 mil ingressos

Torcedores na volta do público ao MineirãoTorcedores na volta do público ao Mineirão - Foto: Pedro Souza / Atlético

Nesta quarta-feira (18), Belo Horizonte amanheceu em clima de Libertadores, principalmente com a volta de público ao Mineirão. Ansiosos, os torcedores do Atlético-MG já ocupavam as ruas no entorno do Gigante da Pampulha horas antes de a bola rolar para o duelo contra o River Plate, segundo das quartas de final da Libertadores, e mal imaginavam o espetáculo que veriam quando a bola rolasse. No placar final, 3 a 0 para o Atlético, num triunfo contundente.

Na tradicional "Rua do Peixe", inclusive, milhares de pessoas aglomeraram e fizeram a festa, como se pandemia não nos assustasse mais; muitas delas, inclusive, sem máscara. No local, fica localizado um bar, ponto de encontro dos alvinegros. Como os portões do estádio só abririam a partir das 19h30, foi impossível controlar a concentração na parte externa. A movimentação começou antes mesmo das 17h.
 


Segundo determinação dos órgãos responsáveis, apenas 30% da capacidade total do principal palco do futebol mineiro foi liberado para receber o duelo entre brasileiros e argentinos. Com isso, pouco mais de 17 mil ingressos foram colocados à venda. O público anunciado pela organização foi de 17.030 espectadores.

Quando a entrada começou a ser liberada, o clima foi de tranquilidade, mas, ao mesmo tempo, muitos insistiram em permanecer no "carnaval fora de época" que acontecia no entorno do Mineirão. Além de entregar o ingresso, cada torcedor precisava apresentar também o teste para covid, realizado até 72 horas antes.

De acordo com o boletim epidemiológico, Minas Gerais registrou 4.250 novos casos e 130 mortes nas últimas 24 horas. No total, mais de 52 mil pessoas já morreram na cidade mineira.

Ainda nas ruas, ambulantes aproveitaram a ocasião e vendiam de tudo: de bebidas e alimentos a máscaras de Hulk, Diego Costa e companhia. O preço delas? A "bagatela" de R$ 20.

Dentro do Mineirão, a sensação era de êxtase assim que subiam as escadas e avistavam o gramado. Longe das cadeiras desde 7 de março de 2020, último jogo do Atlético-MG com público, os torcedores demonstravam o encantamento e gritavam alto. Quando os jogadores subiram ao gramado para o aquecimento, o som foi ensurdecedor.

Artilheiro do Atlético na temporada, agora com 18 gols marcados em 40 partidas disputadas, Hulk viveu noite especial, logo na entrada em campo. Pela primeira vez, ele teve o nome gritado pelo torcedor. Quando o camisa 7 foi anunciado no sistema de som do Gigante da Pampulha, a festa se fez enorme. "Hulk! Hulk! Hulk!" foi o canto entoado pelos milhares de atleticanos.

Assim como o paraibano, vários outros jogadores viram pela primeira vez, in loco, a força da "Massa". Everson, um dos destaques do time, foi um deles; Zaracho, melhor em campo e autor de dois gols, outro.

Assim como alguns atletas, o técnico Cuca também viveu momento especial na noite desta quarta-feira (18). Desde que retornou ao time, o técnico campeão da Libertadores de 2013 não sentia o calor vindo das arquibancadas. Na grande classificação sobre o River, ele completou 41 partidas nesta segunda passagem e conquistou a 28ª vitória.

Antes de a bola rolar e ao final do jogo, o comandante curitibano também foi lembrado pela torcida que, para englobar todo agradecimento, cantou um "muito obrigado, ao time todo".

Curiosamente, há oito anos o Atlético-MG não chegava numa semifinal de Libertadores. Foi justamente no ano da inédita conquista, sob comando de Cuca, que isso havia acontecido pela última vez.

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