Ampliando recursos para Jogos de Paris 2024, COB anuncia parceria com a Azul
União entre o Comitê Olímpico Brasileiro e a companhia aérea foi detalhada em evento nesta quinta (7), em São Paulo
Campinas - O Comitê Olímpico do Brasil anunciou, nesta quinta-feira (7), a parceria estratégica com a Azul Linhas Aéreas Brasileiras, às vésperas da abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. O evento foi realizado no hangar da Azul, anexo ao Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas/SP, e contou com a presença de representantes da companhia e do COB, além de atletas do Time Brasil como Gustavo Bala Loka (ciclismo BMX), Flávia Saraiva (ginástica artística), Alison dos Santos (atletismo), Letícia Oro (atletismo) e Diana Duarte (vôlei), além dos ex-atletas do vôlei Maurício Souza e Virna Dias.
A Azul será a aérea oficial para fazer os atletas voarem – tanto fora quanto dentro das competições. A parceria vai até os Jogos de Paris 2024, que começam dia 26 de julho.
Desde abril de 2023, a Azul opera voos regulares para uma das cidades mais visitadas da Europa. Neste período, a companhia já transportou 265.000 Clientes entre Brasil e França. Com seis frequências semanais atualmente – e, a partir do final de abril, serão sete --, os voos partem do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), às 17h50, com chegada, sem escalas, ao Aeroporto de Orly às 10h20.
No sentido inverso, o voo parte de Orly às 12h50, chegando em Campinas às 19h50. Vale destacar que, neste aeroporto de VCP, a companhia já opera seu maior hub, atendendo aproximadamente 70 cidades no interior de São Paulo.
"A marca da Azul é o mapa do Brasil. Nascemos para conectar pessoas e sonhos. Essa parceria é algo que nos dá muito orgulho. Queremos mostrar que o Brasil tem pessoas inspiradoras", afirmou Abhi Shah, novo presidente da Azul.
"Nossos atletas serão tripulantes buscando voos mais altos. Trabalhamos para fortalecer a imagem do COB, firmando parcerias. Queremos utilizar os recursos para ajudar na preparação deles. Tenho certeza que esse é o início de uma parceria duradoura", complementou o vice-presidente do COB, Marco Antônio La Porta.
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Evolução
O Brasil quer superar o atual recorde de medalhas em uma edição dos Jogos, alcançada em Tóquio 2020. No Japão, foram 21 pódios do País, sendo sete ouros, seis pratas e oito bronzes, em 13 modalidades diferentes. Foi a melhor participação da nação na história, terminando em 12° lugar no quadro geral.
Quanto às receitas, o Comitê já está em fase de evolução, com um crescimento, segundo Gustavo Herbetta, diretor de marketing do COB, acima dos 200% nas verbas de Paris 2024 em comparação com o ciclo olímpico anterior. Além da Azul, outras 19 empresas patrocinam: Águia Branca, Ajinomoto, Aliança Francesa, Estácio, Grupo Águia, Havaianas, Kraft Heinz, Max Recovery, Medley, Mormaii, NewOn, NSports, Peak, Riachuelo, Smart Fit, Subway, Vivo, Voke e XP.
"Sempre incentivamos iniciativas que reforcem o pilar da equidade. Já temos mais de 100 mulheres classificadas para os Jogos de Paris e, no Pan-Americano de Santiago de 2023, as mulheres superaram os homens nos números de medalhas", ressaltou Herbetta.
Vale citar que a principal fonte de recursos do COB é a Lei Federal 13.756/2018, que destina um percentual da arrecadação das Loterias Federais para o esporte.
Equidade de gênero
A edição de Paris 2024 será a primeira da história com equidade de gênero, com 5.250 homens e 5.250 mulheres divididos nas 10.500 vagas disponíveis. No Brasil, das medalhas alcançadas em Tóquio, nove foram de mulheres. Meta que o COB espera superar.
O COB já equiparou as premiações entre homens e mulheres que conquistarem medalhas, sendo R$ 350 mil pelo ouro, R$ 210 mil pela prata e R$ 140 mil pela de bronze, no caso de atletas individuais.
Até o momento, 160 atletas brasileiros estão garantidos nos Jogos de Paris 2024. Número que deve aumentar até o final do semestre, com a definição de algumas classificações. Em contrapartida, o futebol masculino não estará na disputa. Ausência que, mesmo lamentada, não desanimou o COB na busca por mais medalhas.
"Ficamos decepcionados com o futebol não ter classificado. Mas, no momento em que perdemos uma possibilidade de medalha, ganhamos outra com as vagas do surfe. De certa forma compensa uma perda e mantém o Brasil forte para os Jogos", concluiu La Porta.
*O repórter viajou a convite da Azul