Ana Moser é a ministra do Esporte a ser demitida mais rapidamente desde a criação da pasta
O posto de Moser agora fica com o deputado André Fufuca
Demitida do Ministério dos Esportes nesta quarta-feira (6), Ana Moser é quem ficou menos tempo no cargo durante um governo. Atleta olímpica, a ex-jogadora de vôlei foi escolhida por Lula como um nome técnico para a pasta que, além do que esporte de alto rendimento, administra também iniciativas de incentivo à atividade física em todo o país. Apesar disso, não sobreviveu à pressão do Centrão que, exatamente pela capilaridade da pasta em todo o país, exigiu a nomeação do deputado André Fufuca em seu lugar. Ao todo, Moser ficou no cargo por 248 dias.
Ex-integrante da seleção brasileira e medalhista olímpica, Ana Moser tem 54 anos e não é filiada a nenhum partido político. Além disso, foi a primeira mulher a ocupar o cargo.
Antes de Ana Moser, todo os outros ministros que ficaram menos tempo no cargo ou eram interinos ou deixaram o cargo por outros motivos, como o término do mandato do presidente. Foi o caso, por exemplo, de Ricardo Leyser, que saiu do comando do Ministério dos Esportes após o impeachment de Dilma Rousseff. A pasta existe desde 1995.
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O Ministério do Esporte foi criado inicialmente no governo Fernando Henrique Cardoso, que indicou Pelé para o cargo. O Rei do Futebol permaneceu no cargo durante todo o primeiro mandato de FH. No segundo mandato, a pasta foi renomeada para Ministério do Esporte e do Turismo. Mesmo assim, todos os ocupantes ficaram mais tempo que Ana Moser: Rafael Greca, atual prefeito de Curitiba, foi o mais breve deles, com 1 ano e cinco meses no cargo.
Nos mandatos petistas, a pasta foi recriada com o nome atual e teve uma série de ministros longevos: Agnelo Queiroz, Orlando Silva e Aldo Rebelo ficaram quatro anos cada no cargo. Na época, a pasta era um reduto do PCdoB, e permaneceu dessa forma até o fim do mandato Dilma.
Com a posse de Temer, o indicado foi Leonardo Picciani, do MDB, que permaneceu por 23 meses no cargo. O Ministério foi extinto durante todo o governo Bolsonaro, quando foi incorporado ao Ministério da Cidadania.