Logo Folha de Pernambuco

Futebol

Goleador no Japão, Anderson Lopes sonha com Sport

Conheça a trajetória do atacante, cria do Coque, que hoje brilha no Yokohama Marinos

"É meu desejo desde criança", revela Anderson Lopes sobre possibilidade de um dia jogar no Sport"É meu desejo desde criança", revela Anderson Lopes sobre possibilidade de um dia jogar no Sport - Foto: Divulgação/Yokohama Marinos

Em 2024, Vinícius Júnior, do Real Madrid, disputou o prêmio de Bola de Ouro de melhor jogador da temporada. Yuri Alberto, do Corinthians, e Pedro, do Flamengo, lideraram a lista de maiores goleadores do Brasil. Nenhum deles, porém, foi o brasileiro que mais balançou as redes no ano até o momento. O feito é de um pernambucano que atua no Japão e sonha no futuro em vestir a camisa do Sport.

O atacante Anderson Lopes, de 31 anos, joga no Yokohama Marinos, do Japão. Em 2024, o atleta balançou as redes 36 vezes, superando Vinicius Júnior, que tem 32 - o camisa 7 do Real estava machucado, mas poderá voltar aos gramados nesta terça-feira (10), contra a Atalanta, pela Liga dos Campeões. 

“Ser o brasileiro com mais gols tem um peso importante. O futebol japonês não é fácil como falam. Se você chega ao Japão e quer trazer o Brasil para lá, você não consegue se adaptar. É preciso entender o país deles, a cultura. O futebol é mais corrido e eu precisei ser ainda mais profissional, treinando manhã e tarde, além de descansar mais. Depois de uns seis meses, eu consegui me adaptar completamente”, celebrou. Lopes foi o artilheiro da J.League em 2024, com 24 gols.

Início

Antes de chegar à Ásia, em 2016, por onde atuou também por clubes do Japão como Hiroshima e Sapporo, além de passar pelo Seoul, da Coréia do Sul, e Wuhan Yangtze, da China, Anderson deu os primeiros passos no Sport. De lá, rodou por equipes do Sul, com ajuda de um famoso amigo do bairro de onde nasceu.

“Nasci no Coque, no Recife. Iniciei nas escolinhas do Sport. Minha mãe me levava aos treinos e, aos 13 anos, fui para o Internacional. Lá, eu tive ajuda de Walter, que também era do Coque. Ele cuidou de mim, foi um pai. A única coisa que ele dizia que não poderia fazer por mim era jogar. Ele me tirou do bairro e me deu uma oportunidade. Sou grato por isso”, contou.

Da base do Internacional, o atacante passou por Avaí e Athletico nos profissionais, antes de se aventurar em outro continente. “Eu ia para a Turquia em 2016, mas houve um atentado no aeroporto de Istambul e isso me fez desistir. Logo em seguida, veio a proposta do Japão, do Hiroshima”, declarou.

Sonho 

No Japão, o centroavante construiu uma carreira sólida. Ele é o maior artilheiro brasileiro da história do Yokohama Marinos, com (79 gols), além de ser o quarto do país com mais jogos no clube. Venceu a J-League em 2022 pela equipe e a Supercopa do Japão no ano passado, além de colecionar outros títulos por Sapporo e Hiroshima. Conheceu Zico, ídolo entre os japoneses, e já trocou camisa com Iniesta, à época em que o espanhol atuava no Vissel Kobe. Mas tem um sonho que ele ainda não alcançou.

“Eu recebo muitas mensagens de torcedores do Sport. Fico feliz e confesso que tenho um grande sonho de jogar lá. É meu desejo desde criança. Não sei o dia de amanhã. Meu contrato termina no final do ano. Tive algumas conversas para renovar, mas ainda não assinei”, revelou.

E, diferente do amigo Walter, que vestiu a camisa do Santa Cruz, o artilheiro do futebol japonês deixou um recado. “Está louco? Jogar no Santa? Não dá. Nem no Náutico. Sou rubro-negro doente”, brincou.

Veja também

Newsletter