Anderson Silva sofre nocaute em luta que pode ter sido a despedida do octógono
Ele foi derrotado no terceiro dos cinco rounds previstos contra Uriah Hall, neste sábado (31)
Na luta que pode ter sido a última de sua carreira, Anderson Silva, de 45 anos, foi derrotado por nocaute técnico pelo jamaicano Uriah Hall, 36, em Las Vegas, na noite deste sábado (31).
Maior nome do Brasil no MMA e considerado um dos maiores lutadores da história, Silva perdeu pela 11ª vez na carreira. Seu cartel é de 34 vitórias, 11 derrotas e uma luta que teve o resultado anulado.
Apesar de ter iniciado bem o combate deste sábado, acertando jabs no rosto do rival, nove anos mais jovem, Anderson perdeu o controle da luta no terceiro dos cinco rounds. No quarto, foi derrubado por Hall, que desferiu diversos socos no brasileiro, até que o juiz paralisou o combate.
"Eu te amo. Eu ainda acho que você é o maior de todos", disse Hall para Silva ao abraçá-lo, após o combate. O jamaicano, que chorava copiosamente, chegou à 17ª vitória em 26 combates.
A luta foi tratada como a despedida de Anderson Silva do MMA, mas o brasileiro deixou em aberto a possibilidade de voltar a entrar no octógono. Ainda resta um combate em seu contrato com o UFC.
"Eu acho que pode ser que seja a última luta no UFC, sim. Mas foi em comum acordo entre o Dana [White, presidente do UFC] e a gente. Vamos ver. Pode ser que eu faça a outra luta que eu tenho no contrato, pode ser que não. Tudo pode acontecer", disse ele, em entrevista na última quarta-feira (28).
Toda a publicidade feita pelo UFC a respeito da luta teve como maior atração o adeus de Anderson Silva. Uriah Hall foi escolhido para enfrentar o brasileiro após ter se destacado no The Ultimate Fighter, reality show realizado para dar chances a lutadores.
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Na tradicional entrevista após os eventos, o presidente do Ultimate Fighting Championship, Dana White, disse ter se arrependido de colocar Anderson Silva no octógono novamente.
“Ele enfrentou um cara que tem pouco volume de luta. Em uma luta principal de cinco rounds, eles desferiram 11 socos no segundo round. Quando a luta acabou, ele não conseguia sequer ficar de pé para dar entrevista. Eu cometi um grande erro. Não deveria ter deixado ele lutar, mas todo respeito a ele. É uma lenda do esporte, da companhia. Eu fiz algo que eu discordei, eu sabia que eu estava certo. Anderson Silva não deveria lutar novamente”, disparou.
Dono do mais longo reinado da história do UFC, como campeão do peso médio de 2006 a 2013, Anderson teve dez vitórias em defesas de título, até perder para Chris Weidman, em julho de 2013.
Na revanche, ele quebraria a perna ao tentar acertar um chute. O resultado de seu combate de retorno, vitória contra Nick Díaz, em janeiro de 2015, foi considerado nulo porque ele teve resultado positivo no teste antidoping.
Silva sempre negou ter consumido substâncias proibidas, mas foi suspenso por um ano e o multado em US$ 380 mil (cerca de R$ 2,5 milhões em valores atuais).