Antes questionada, adaptação à 'versão Martelotte' vai mostrando face no Santa Cruz
Construção do equilíbrio entre setores tem se tornado evidente nos jogos do Tricolor
Tão versátil quanto as dinâmicas do futebol, são as mudanças que o cercam. Chato seria se o tempo dentro das quatro linhas se mantivesse 100% estável, sem a possibilidade de acertos e evolução. O Santa Cruz que o diga. Há três rodadas, ressaltava-se a necessidade de adaptação do elenco ao modelo de jogo implementado por Marcelo Martelotte, antes ainda preso na metodologia de Itamar Schülle, com uma parte do campo funcionando e a outra ainda tentando se encontrar. Incorporação que já começa a ser observada desde a vitória por 3x1 sobre o Ferroviário, fora de casa.
Não exclusivamente por influência do resultado traçado. Os três pontos, inclusive, surgiram como fruto do processo de divisão de tarefas entre os setores defensivo e ofensivo, que, seguraram as pontas no jogo dentro de suas peculiaridades, mas trabalhando coletivamente. Postura que também foi percebida no triunfo por 2x1 ante o Paysandu, no último domingo, e que garantiu ao time a liderança do Grupo A, abrindo oito pontos de distância para o quinto colocado, o Treze/PB, adversário dos pernambucanos no próximo sábado.
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Ainda que o time tenha apresentado a velha queda de rendimento de um tempo para o outro diante do Papão, os passos da gradual estabilização da equipe não passaram despercebidos, aspecto que se interliga diretamente à nova roupagem facetada na "versão Martelotte". Até acertar o "ponto" nesse limear, as variantes de atuações devem acontecer, até levando em consideração o estilo de jogo proposto pelo atual comandante tricolor, mais ofensivo. O que, no entanto, não implica dizer que um setor deve funcionar melhor que o outro. A busca pela balança, nesse sentido, tem se mostrado uma constante.
O Santa ainda não perdeu sob o comando de Martelotte. Em cinco jogos, a Cobra Coral sofreu cinco gols e marcou nove.