Após decisões polêmicas, Michael Masi deixa direção de provas da Fórmula 1
Ocupando o cargo desde 2019, o australiano foi protagonista de controvérsias na temporada de 2021
A Federação Internacional Automobilística (FIA) anunciou nesta quinta-feira (17) que Michael Masi deixou a direção de provas da organização. Ocupando o cargo desde 2019, após o falecimento do antecessor Charlie Whiting, o australiano foi o foco de polêmicas durante a temporada de 2021 da F1.
Com Masi fora da direção, o posto será ocupado por Niels Wittich, ex-diretor de provas do campeonato alemão de turismo, e Eduardo Freitas, diretor do Mundial de Endurance. A dupla também recebe o suporte de Herbie Blash, ex-vice-diretor de provas da F1, como conselheiro sênior. Masi deve permanecer na entidade, mas em um novo cargo.
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De acordo com o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, a decisão foi apoiada pelo CEO da F1, Stefano Domenicali, e pelas equipes. O anúncio veio após abertura de um inquérito para analisar as decisões de Masi no GP de Abu Dhabi, que resultou na vitória inédita do piloto Max Verstappen.
Entenda a polêmica
Enquanto diretor de provas da F1, Michael Masi foi alvo de críticas após decisão controversa durante a prova em Yas Marina, Abu Dhabi.
Na ocasião, o britânico Lewis Hamilton ocupava a primeira posição, com o holândes Max Verstappen na segunda colocação. Quando o carro de segurança foi acionado após o acidente do piloto Nicholas Latifi, apenas os competidores que estavam entre os líderes foram orientados a ultrapassar, resultando em uma vantagem para Verstappen, que conquistou o título. O regulamento orienta que todos os retardatários - ou nenhum deles - ultrapassem em situações como essa.
O episódio gerou estranhamento nos pilotos e nas equipes, que apesar das críticas, respeitaram a soberania da direção de provas. A Mercedes chegou a protocolar dois protestos contra a decisão, que foram negados.