Após derrota, treinador do Náutico cita desgaste na Copa do Brasil e diz que Sport é superior
Para Dado Cavalcanti, desgastes físico e mental na viagem a São Bernardo "pesou" negativamente na derrota deste sábado, nos Aflitos
O treinador do Náutico, Dado Cavalcanti, frisou dois fatores ao avaliar a derrota deste sábado, por 2 a 0, para o rival Sport, no Estádio dos Aflitos. Para ele, os aspectos técnicos e orçamentários do adversário são superiores em relação aos do Timbu. Além disso, ressaltou que o elenco alvirrubro vem de uma sequência de desgastes, por conta da última partida que realizou fora de casa, contra o São Bernardo, onde avançou na Copa do Brasil.
“Nós estávamos enfrentando um adversário superior no aspecto técnico, e a questão orçamentária também fala isso. Às vezes, é difícil para o nosso torcedor entender”, disse inicialmente.
Os desdobramentos da viagem feita na quarta-feira passada (1º) a São Paulo também foram exaltados, assim como um curto tempo de recuperação aos atletas.
“Um outro ponto que me deixa tranquilo em relação ao resultado do jogo é de que ‘pagamos um preço muito alto’ pela classificação na Copa do Brasil. Foi um desgaste físico e mental, os jogadores terminaram o jogo em São Bernardo desgastados e não conseguiram recuperar nem 48 horas, que é um tempo saudável para fazer o jogo”, afirmou.
Leia também
• Arsenal vira sobre Bournemouth e segue líder do Inglês; City bate Newcastle
• Após boas atuações, Michael divide méritos com elenco coral
“Senti o quão desgastante e desafiador foi o jogo e como gerou um desgaste mental. Tivemos noite mal dormida, aeroporto, voo... e chegamos no Recife às 17h. Foi praticamente o dia todo viajando”, complementou.
Ainda segundo o treinador, o time do Náutico receberá folga neste domingo (5) e retornará às atividades no Centro de Treinamento Wilson Campos no dia seguinte. “Segunda pela tarde vão ter treino no CT. Eu vou trabalhar ainda mais para a recuperação deles. Vamos fazer uma sessão e meia”, projetou.
Torcida no clássico: uma novela de muitos capítulos
Horas antes da partida ser iniciada nos Aflitos, a presença ou não da torcida nas arquibancadas ainda era marcada por indefinição.
No início da tarde, o Sport informou, através de uma nota, que havia solicitado, em petição ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que a partida acontecesse de portões fechados, para evitar “um desequilíbrio técnico”.
Enquanto isso, o Náutico garantiu que não recebeu a intimação do STJD por e-mail, autorizando a venda para o setor visitante, e que “não havia mais tempo hábil” para contratar mais profissionais de segurança e ajustar as catracas, por exemplo.
O Superior acatou o pedido do Leão e determinou que a partida aconteceria sem público. No mesmo intervalo, a Secretaria de Defesa Social (SDS) do Governo de Pernambuco ordenou que o jogo acontecesse apenas com a torcida alvirrubra.
A situação só chegou a ser resolvida quando os dois departamentos jurídicos se uniram em um novo documento enviado ao Superior, e pediram para que o jogo acontecesse em formato de torcida única, suspendendo a decisão tomada há pouco pelo órgão. Na medida assinada em conjunto, os clubes recifenses citaram que, apesar do pedido, entendem que “as imposições do Governo de Pernambuco são ilegais e desrespeitam os princípios norteadores do Direito". Também foi citada uma “absurda alegação de prisão dos dirigentes esportivos”.