Após eliminação, Itamar Schulle deixa futuro em aberto no Santa
Técnico não descartou possível saída do clube, mas elogiou diretoria e apoio da torcida
O ano acabou para o Santa Cruz, mas pode (e provavelmente vai) continuar para o técnico Itamar Schulle. Mesmo com contrato até o fim da temporada com o clube, o comandante não descarta uma saída, já que o Tricolor só voltará aos gramados em 2025, depois de ser eliminado nas semifinais do Campeonato Pernambucano, nos pênaltis, para o Sport, na Arena de Pernambuco.
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"Eu vejo que é o tempo da diretoria ver o que ela pensa, o que planeja. Eu, como profissional, vou aguardar aquilo que, por ventura, a diretoria venha me falar. Mas também sou profissional e, se isso não ocorrer, a gente vai continuar trabalhando. Se tiver que sair, saio na certeza que foi feito o melhor trabalho para o Santa Cruz, e vou continuar a caminhada. Mas claro, a minha preferência vai ser ouvir a direção, ver o que eles pensam, planejam. Assim que eu tenho que proceder como profissional. Depois, vou tomar as decisões que são necessárias tomar. Mas no momento é ter paciência, calma e ouvir aquilo que a diretoria planeja”, afirmou.
O treinador finalizou o trabalho pelo Santa em 2025 com o principal objetivo alcançado: a vaga na Série D do Campeonato Brasileiro. No Estadual, o clube foi eliminado nas semifinais, tirando a chance de jogar a Copa do Brasil do ano que vem. No Nordestão, a Cobra Coral mais uma vez disputará a etapa preliminar na próxima temporada.
"A minha prioridade no momento é aqui. Aqui não aconteceu? Aí eu vou pensar em pessoas que me ligaram, ou em convites que vieram. Eu já fiquei em clubes quatro anos, três anos, dois anos, um ano. Claro que aqui eu sabia disso (tempo curto), mas a gente vai aguardar e, se esse (Clássico das Multidões) foi o último jogo e não tiver uma continuidade, aí sim eu vou começar a prestar atenção nas coisas que, porventura, venham a ter para a gente continuar o trabalho. Sou profissional, tenho família. Mas como o Santa é a prioridade, eu nem quero falar de outras coisas. Sou treinador do Santa Cruz e me orgulho disso”, frisou.
Ainda com o destino incerto, o treinador mandou um recado aos torcedores. "Eu sempre tive uma identificação (com o Santa). Sempre me entrego muito àquilo que eu faço. E, na primeira oportunidade que eu estive aqui, em 2020, nós não vencemos o Pernambucano. Só que eu não tive o prazer de jogar com a torcida. Ouvia falar muito, mas eu não tive o prazer, naquela época, devido ao que aconteceu da pandemia. Mas aquilo sempre ficou na minha mente, no meu coração”, apontou.
“Só agradeço a Deus por ter me conduzido de volta para cá. Agradeço o convite da direção, a confiança de todos. Ter o prazer de vestir essa camisa, junto com a torcida, tão apaixonada, e que faz a gente se apaixonar, e poder resgatar novamente o Santa Cruz. Dar um calendário nacional ao clube foi muito importante. Sou grato aos atletas pela entrega, pelo ambiente. As lágrimas vieram nos olhos de todos. E isso representa a paixão, o amor, a maneira que tudo isso foi construído em tão pouco espaço de tempo. E o que eu fico feliz é que ano que vem o Santa Cruz tem um calendário. Tem uma torcida espetacular, uma direção fantástica. Então a gente tem tempo agora para planejar, organizar para o Santa Cruz, novamente, fazer uma grande competição e voltar, no mínimo, para a Série C. Tem potencial para isso e está se estruturando cada dia para isso”, finalizou.