Luto

Árbitro morre após passar mal em teste físico da Ferj

O juiz passou cinco dias internado antes do falecimento

Feliphe da Cunha Oliveira Cabral da Silva morre em teste físico da FerjFeliphe da Cunha Oliveira Cabral da Silva morre em teste físico da Ferj - Foto: Reprodução

O árbitro Feliphe da Cunha Oliveira Cabral da Silva, de 30 anos, morreu na manhã da última quinta-feira (9) após passar mal durante um teste físico da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), realizado no sábado passado (4). A Ferj lamentou a morte do juiz, que passou cinco dias internado após um mal súbito durante a "realização dos testes físicos de rotina".

Na noite de ontem, a federação, em nota oficial, informou o falecimento do árbitro e aproveitou para esclarecer alguns fatos. Segundo a Ferj, Feliphe foi "prontamente atendido por UTI móvel, presente no local dos testes" e depois encaminhado à UPA mais próxima, "onde foi imediatamente recebido, medicado e transferido na noite do mesmo dia (sábado, 4 de maio) para o Hospital Estadual Dr. Ricardo Cruz, em Nova Iguaçu".

No entanto, um amigo de Feliphe, que também estava fazendo o teste físico, revelou ao jornal O DIA que o árbitro só foi retirado da pista após o fim do teste, cerca de quatro minutos depois de cair no chão passando mal.

"Aquecemos juntos, ele estava bem. Começamos a correr e faltando cinco tiros de corrida para acabar o vi caído. Ele ficou ali e não podíamos parar. Veio a ambulância, mas ele só foi retirado após o fim do teste, cerca de quatro minutos depois de cair. Ninguém chegou nele com o teste rolando. Depois que finalizou, o colocaram em uma cadeira de rodas e foi o momento que ele desmaiou e foi retirado da pista", disse o amigo de Feliphe ao jornal O DIA.

Ele ainda explicou que todos sabiam que Feliphe estava passando mal dentro da ambulância, após sofrer um mal súbito durante os testes. No entanto, o carro não foi conduzido ao hospital como informado na nota oficial da Ferj.

"Somente vinte minutos depois que o diretor de arbitragem apareceu, nervoso. Sem a ambulância, o teste teria que ser paralisado. Acredito que eles queriam que a situação do Feliphe fosse resolvida ali para que continuasse (o teste). Mas as funcionárias da Vila Olímpica (onde foi realizado o exame) chegaram gritando com ele, dizendo "ele tem que sair daqui". Foi a hora que ele se tocou", revelou.

Confira nota oficial da Ferj

"O Departamento de Arbitragem do Futebol do Rio de Janeiro (Deaf-RJ) lamenta profundamente o falecimento do árbitro Feliphe da Cunha da Silva, após cinco dias de internação em uma unidade hospitalar Estadual, motivada por um mal súbito durante a realização dos testes físicos de rotina, ao que estava acostumado e dos quais participaram outros 44 árbitros e assistentes, todos devidamente liberados por autorização e atestado médico para a prática de atividades físicas.

Prontamente atendido por UTI móvel, presente no local dos testes, foi imediatamente levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima, onde foi imediatamente recebido, medicado e transferido na noite do mesmo dia (sábado, 4 de maio) para o Hospital Estadual Dr. Ricardo Cruz, em Nova Iguaçu, seguindo os protocolos médicos e administrativos regulamentares, em condição clínica estável e lúcido (sic), acompanhado de perto por membro do DEAF-RJ durante todo o tempo.

O Departamento de Arbitragem está consternado com o falecimento de um dos seus membros que, apesar dos seus poucos 30 anos, dos quais praticamente 9 dedicados a arbitragem, sempre demonstrou princípios éticos elevados, postura exemplar, dedicação profissional e os cuidados de saúde exigidos ao desempenho da função.

A Federação de Futebol do Rio de Janeiro decretou luto oficial e se solidariza, nesse momento de profunda dor, com familiares e amigos diante de tamanha e irreparável perda."

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