ROLAND GARROS

Bia Haddad valoriza campanha e incentiva tênis feminino: "Se estou aqui, outras podem"

Tenista se disse privilegiada pelo apoio do público brasileiro

Bia Haddad na semifinal de Rolland GarrosBia Haddad na semifinal de Rolland Garros - Foto: Thomas Samson/AFP

Orgulho. Esse é o sentimento que perpetua entre o público brasileiro depois da campanha histórica de Bia Haddad Maia em Roland Garros. Primeira brasileira a chegar numa semifinal de Grand Slam desde 1968 — na ocasião, Maria Esther Bueno ficou entre as quatro melhores do US Open —, a paulista de 27 anos fez jogo duríssimo mas foi derrotada por dois sets a zero para Iga Swiatek, polonesa que ocupa a primeira colocação mundial no ranking da WTA e tentará, contra a tcheca Karolina Muchova, se sagrar tricampeã do major de Paris.

Após a partida, a própria Bia fez questão de valorizar sua participação no torneio. Além disso, a tenista brasileira reverberou o fato de ter enfrentado a número um do mundo.

— Eu estou feliz, esse jogo mostrou coisas que eu preciso melhorar. Trabalhamos duro e devemos estar orgulhosos de nós mesmos. Jogar pela primeira vez uma semifinal e contra a número 1 do mundo, na quadra Philippe-Chatrier e com muitos brasileiros na arquibancada, foi incrível e eu fiz o meu melhor. Tentei ir ao meu limite, tive muitas chances, mas tênis é assim, nem sempre é o seu dia — falou.

Ao longo de toda a competição, Bia contou com o apoio do público brasileiro, que fez festa nas redes sociais a cada vitória da paulistana. Ela, que começou o torneio na 14ª colocação do ranking mundial, terminará na 10ª em caso de vitória de Swiatek na final. Se Muchova vencer, Bia ficará na 11ª posição. A tenista confessou que ficou com um "gostinho de quero mais" e agradeceu ao apoio do torcedor do Brasil.

— Sou privilegiada e vivo do que eu amo, isso é uma honra e sei como os brasileiros sofrem. Eles acordam de madrugada e têm que trabalhar, toda a violência e o que a gente vive no nosso país. O momento é duro, eu tenho consciência e levo isso para os momentos difíceis de um jogo. Eu vejo o tênis de forma mais humana por causa disso — falou Bia, que também aproveitou para pedir mais apoio e incentivo ao tênis feminino como um todo. — Meu sonho é ajudar as pessoas através do tênis. Eu acho que a gente está merecendo, pelos que as meninas vêm fazendo nas classificatórias, a gente está merecendo mais oportunidades e apoio. Espero que haja meninas assistindo, eu não sou uma pessoa fora da curva e se eu estou aqui, outras podem também.

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Com o fim de Roland-Garros, Bia pretende descansar antes de encarar a temporada dos torneios de grama. "Eu nem pensei ainda no próximo desafio. Eu estou refletindo sobre essa semana. "Como tenista eu já estava fazendo coisas boas a bastante tempo ! A força vem do coração, e tudo é feito com preparação", acrescenta. "Estou animada, é uma época muito gostosa aqui, o verão europeu", finaliza.

"Quando se joga com alguém muito bom, você não tem nada a perder. Temos que ter coragem. Ela está noutra fase mentalmente do que muitos jogadores", elogiou. "Eu a respeito muito e ela representa as mulheres do tênis", destaca. "Por mais que eu tenha lutado, ela foi mais competente," completa. Porém, "me sinto feliz, grata, é um torneio muito especial pela história que a gente tem aqui, com Guga, Maria Esther Bueno, Meligeni, só quero agradecer o carinho de todos. Eu aprendi muito, quebrei tabus internos e vou levar esse aprendizado para outros Grand Slams", promete. "Fiquei com gostinho de quero mais, você tem que ser realista. Levando em consideração o cenário foi muito bom!", acr... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/rfi/2023/06/08/se-eu-cheguei-ate-aqui-outras-brasileiras-podem-chegar-diz-bia-haddad-apos-derrota-em-semifinal-de-roland-garros.htm?cmpid=copiaecola

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