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Bivar aprova iniciativa da Conmebol de vacinar seleções e equipes sul-americanas

Integrante da Série A, o Sport pode ser um dos contemplados com as doses recebidas pela entidade que comanda o futebol do continente

Milton Bivar, presidente do SportMilton Bivar, presidente do Sport - Foto: Anderson Stevens/Sport

Nesta quinta-feira (29), a Conmebol anunciou o início da distribuição das 50 mil doses de vacina contra a Covid-19, doadas pelo laboratório chinês Sinovac. Responsável por comandar o futebol do continente, a confederação enviará lotes às federações nacionais, no intuito de imunizar integrantes de seleções, clubes, árbitros e demais pessoas envolvidas na organização dos jogos. 

Segundo a Conmebol, a vacinação começará com membros das seleções participantes da Copa América, prevista para acontecer em junho. Equipes que disputam a Libertadores e a Sul-Americana também já serão contempladas. Em seguida, será a vez dos times que disputam a primeira divisão masculina e feminina de cada país. Excluindo os 14 brasileiros que disputam os torneios continentais, América/MG, Juventude, Cuiabá, Fortaleza, Sport e Chapecoense serão os outros beneficiados com as doses. 

Representante de Pernambucano na elite, o Leão teria direito a, no máximo, 50 vacinas. Destas, 30 devem ser aplicadas em jogadores e as outras 20 em funcionários. Entre eles, membros da comissão técnica. Procurado pela reportagem para falar sobre o assunto, o presidente rubro-negro, Milton Bivar, afirmou não ter recebido qualquer informação sobre a novidade. Porém, se mostrou contente com a iniciativa. 

"Eu acho que é importante não só para o futebol, mas para todas as empresas. Se tem condição de comprar vacina para aplicar em seus funcionários, que compre. Os laboratórios têm que abrir para a iniciativa privada, pois vai diminuir o trabalho do Govermo, vai agilizar o processo para que todos sejam vacinados. É um absurdo. Estão politizando de tal forma, que estão passando por cima da saúde, principalmente dos menos favorecidos", falou o mandatário.

No Brasil, alguns clubes, como Grêmio e Santos, já se mostraram contra receber as doses e furar a fila dos grupos prioritários. No País, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que se as doses da Conmebol entrarem em território brasileiro, serão enviadas para o Governo Federal, como determina a lei. A CBF agora aguarda o aval do Ministério da Saúde para receber as vacinas. A confederação teria procurado o órgão federal depois que o COB também entrou em negociação para os atletas que disputarão os Jogos de Tóquio sejam incluídos no grupo prioritário.

Na visão de Bivar, para que a Conmebol, junto a CBF, consiga obter essa liberação, teria que negociar alguma forma de contribuir com o Governo brasileiro. "Que a Conmebol invista. Dê mil doses para os clubes e mil para a população de baixa renda, por exemplo. Isso vai ajudar todos os lados. Que seja assim com ela, com as federações de judô, de vôlei, de basquete e quem tenha interesse na imunização. Isso só vai dar rapidez para a vacinação da população", contou. 

Vale lembrar, que a compra de imunizantes pela iniciativa privada, no Brasil, está em discussão na Câmara dos Deputados. 

Doador das vacinas para o futebol sul-americano, o laboratório chinês Sinovac deverá ser um dos patrocinadores da Copa América da Argentina e da Colômbia, entre junho e julho, segundo noticiou o jornal argentino La Nación. Cada federação terá direito a cinco mil doses.

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