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CONMEBOL

Blindados, brasileiros se calam sobre Copa América enquanto estrangeiros reclamam

Má repercussão da novidade fez com que assessoria da CBF cancelasse entrevista coletiva

Não são raras as manifestações dos estrangeiros sobre o campeonato no BrasilNão são raras as manifestações dos estrangeiros sobre o campeonato no Brasil - Foto: Luis Acosta / AFP

A disputa da Copa América no Brasil após as desistências de Colômbia e Argentina divide jogadores que representam seleções do continente.

Atletas de Argentina e Uruguai, incluindo nomes que atuam no futebol brasileiro, já se posicionaram contra a disputa da competição em meio ao caos sanitário que o país atravessa. Na seleção de Tite, porém, o elenco foi blindado pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

Fred e Lucas Paquetá, por exemplo, responderiam a perguntas da imprensa na tarde da última segunda (31), sobre a preparação do time para as Eliminatórias, dia em que a Conmebol anunciou que a Copa América seria realizada no país. A má repercussão da novidade, porém, fez com que a assessoria da CBF cancelasse a entrevista coletiva.

Nos dias seguintes, mais nenhum jogador ou integrante da comissão técnica foi escalado para falar com os jornalistas, o contrário do que seria normal em uma semana de jogo do Brasil. Nem mesmo a tradicional entrevista do treinador na véspera do jogo desta sexta (4) está confirmada.

Por outro lado, não são raras as manifestações dos estrangeiros sobre o campeonato no Brasil. O atacante argentino Kun Agüero foi um dos jogadores que falou a respeito da mudança de sede e colocou em dúvida a realização do torneio nas atuais condições. "Se no Brasil está complicado [por conta da pandemia], então não dá para jogar", disse o atacante, que foi anunciado esta semana como reforço do Barcelona (ESP), à imprensa argentina.

A declaração de Agüero não é a primeira de um atleta envolvido na Copa América que questiona a viabilidade de disputa no Brasil. Na seleção uruguaia, o goleiro Fernando Muslera e o atacante Luis Suárez se posicionaram sobre a mudança da sede. Matías Viña e Giorgian De Arrascaeta, que atuam em Palmeiras e Flamengo, respectivamente, se juntaram aos companheiros.

"Me chama muita atenção que a Copa América aconteça mesmo na situação complicada que estamos vivendo. Temos que dar prioridades para a saúde dos seres humanos", afirmou o centroavante, campeão espanhol com o Atlético de Madrid (ESP) na última temporada. "Eu acho que agora não é o momento indicado para jogar [a Copa América]", disse Arrascaeta, que foi diagnosticado com Covid-19 e perderá os jogos do Uruguai pelas Eliminatórias.

Por enquanto, o flamenguista segue na lista da seleção para a disputa da Copa América. Os uruguaios buscam um título que não conquistam desde 2011, quando foram campeões na Argentina. Enquanto na Argentina e no Uruguai há posições contrárias ao torneio, na seleção brasileira ainda não houve nenhuma palavra de desacordo com relação à continuidade da competição.

Campeã da última Copa América, disputada em 2019, a seleção brasileira enfrenta nesta sexta-feira (4) o Equador, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, no Beira-Rio. Na próxima terça (8), visita o Paraguai, em Assunção, também pelas Eliminatórias.

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