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Futebol Internacional

Bonucci confirma ação contra a Juventus após 12 anos de clube: 'me senti humilhado'

Veterano foi deixado de lado pelo clube italiano na pré-temporada, perdendo a turnê feita em julho nos EUA e treinando afastado do time titular

Leonardo Bonucci acerta com o Union BerlinLeonardo Bonucci acerta com o Union Berlin - Foto: Divulgação

Leonardo Bonucci confirmou que está entrando com uma ação legal contra a Juventus, alegando que o clube da Série A não disse a verdade sobre o tratamento dispensado a ele depois que o zagueiro foi afastado e, posteriormente, vendido na última janela de transferência. O veterano, que conquistou vários troféus pelo clube e pela seleção ao longo de sua longa carreira, foi deixado de lado pela Juve na pré-temporada, perdendo a turnê de julho nos EUA e treinando afastado do time titular.

O jogador de 36 anos disse que tomou a “difícil decisão” de processar o clube pelo qual jogou mais de 500 vezes e conquistou oito títulos da liga, pelo que considera um tratamento “humilhante”.

“É uma decisão que já vem de muito tempo e se deve ao fato de ter lido e ouvido muitas coisas que não são verdade”, disse Bonucci em entrevista à Mediaset divulgada na quinta-feira.

 Bonucci, que assinou pelo Union Berlin no mês passado, afirma que só foi informado em meados de julho que não estava mais nos planos da Juve, ao contrário da versão do clube dos acontecimentos em que foi informado duas vezes, em outubro do ano passado e em fevereiro.

“Não tive nenhuma discussão com o clube naquela data, nem com o treinador (Massimiliano Allegri), que me chamou ao seu escritório no final de março... ele me disse à sua maneira que eu deveria sair no final de junho porque queria ser treinador e precisava acelerar as coisas", acrescentou Bonucci. "Disse-lhe que respeitava a sua decisão, mas que pretendia continuar a jogar pelo menos até ao final do Campeonato da Europa do próximo ano. A conversa terminou aí."

'Segurando a Juve'

Bonucci afirma que a Juve lhe disse, após o último jogo em casa na temporada passada, que ele seria a quinta ou sexta escolha para a próxima campanha, e disse que sua resposta "não foi problema". Ele diz que não teve notícias do clube até uma visita dos diretores esportivos Giovanni Manna e Cristiano Giuntoli, que lhe disseram que sua "presença no vestiário estava impedindo a Juve".

"Estou simplesmente fazendo valer meus direitos previstos no acordo coletivo (do futebol profissional)... que diz que os jogadores devem ser colocados em condições de treinar com o time, independentemente de quaisquer decisões de seleção, e ter direito a uma preparação física aceitável para na próxima temporada", disse Bonucci.

“Não tive isso... não tive a oportunidade de sair para o campo de treinamento com meus companheiros, participar dos treinos. Me senti vazio e humilhado, e não tive condições de fazer o que eu amo mais e isso é jogar futebol."

Bonucci, que afirma que doará todos os lucros de sua ação legal para instituições de caridade, também ficou de fora da primeira seleção italiana de Luciano Spalletti neste mês, perdendo a capitania da seleção nacional. Ele foi capitão da Azzurri sob o comando do ex-técnico Roberto Mancini após a aposentadoria de Giorgio Chiellini no ano passado, e se tornou um herói nacional em 2021 como peça-chave da equipe que venceu o último Campeonato Europeu.

No mês passado, a Juve negou as alegações do chefe do sindicato dos jogadores, Umberto Calcagno, de que a "dignidade de Bonucci está sendo pisoteada". A Juve defendeu a “legitimidade das suas ações para com todos os jogadores inscritos que são reconhecidos e têm plenamente garantidos todos os direitos” acordados no acordo coletivo de futebol.

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