Brasil ultrapassa 100 subidas ao pódio em Pan-Americano no Chile
Recuperada de lesão, medalha de ouro teve significado também voltado para barreiras pessoais para Ana Marcela
O Brasil ultrapassou a marca de 100 subidas ao pódio nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile, neste domingo (29). Ao todo, o país agora soma 32 medalhas de ouro, 39 de prata e 33 de bronze, resultando em 104 comemorações.
No ranking geral de países que participam da competição, o Brasil está em quarto lugar, ficando atrás dos Estados Unidos (68 de ouro, 45 de prata e 50 de bronze), México (35 de ouro, 21 de prata e 32 de bronze) e Canadá (33 de ouro, 30 de prata e 35 de bronze), respectivamente.
Entre os destaques do dia com o ouro, esteve a prova de canoagem slalom no C1 (individual), garantida por Ana Sátila. Ela havia realizado o mesmo feito nas edições de Toronto (2015) e Lima (2019) da competição. Quinta colocada no Mundial deste ano, Ana já era a principal favorita da prova e deixou para trás a canadense Lois Betteridge (prata) e a paraguaia Ana Paula Castro (bronze).
Na categoria masculina da mesma prova, reforçando a estatística, a medalha de ouro também foi para o Brasil, com Guilherme Mapelli, que conseguiu superar os atletas Alex Baldoni, do Canadá, e Eriberto Robles, do Peru.
Leia também
• Candidatos têm até esta segunda-feira (30) para registrar chapas no Santa Cruz; veja quem disputa
• Náutico: Novo candidato de oposição, Bruno Becker diz que Aluísio Xavier foi "injustamente afastado"
• Pan: Rafaela Silva brilha, é campeã e comanda ouros do Brasil no judô neste sábado (28)
Na prova de natação em águas abertas neste domingo, Ana Marcela Cunha garantiu a medalha de prata no pescoço na prova dos dez quilômetros. Ela tentou aproximação, já nos instantes finais da prova, mas não alcançou a norte-americana Ashley Twichell, dona do ouro. No pódio, o Brasil também esteve representado no bronze, com uma "dobradinha" feita em parceria com Viviane Jungblut.
Para Ana Marcela, a vitória teve um significado também voltado para as barreiras pessoais. Num intervalo inferior ao de um ano, ela precisou passar por uma cirurgia no ombro e ficou oito meses sem poder participar de competições.
Quando se machucou, ela usava um traje todo revestido por borracha, peça indispensável para dias em que a temperatura da água está baixa. O item voltou a ser usado por ela neste domingo, quando a temperatura marcava 17ºC nas águas.
"Foi uma prova muito difícil para mim porque foi justamente usando o traje que eu me lesionei. Então, fica sempre aquele receio. O mais importante foi que eu nadei no meu ritmo, no meu tempo, sem sentir dores. É claro que a gente sempre quer ganhar o ouro, mas a forma como eu nadei me deixou bastante satisfeita", garante.
Na marcha atlética, por uma diferença de quatro centésimos para o equatoriano David Hurtado, que levou o ouro, Caio Bonfim conquistou a prata no desafio dos 20 quilômetros, totalizando assim a marca individual de três medalhas em Jogos Pan-Americanos, já que ele tinha um bronze de Toronto e uma prata de Lima.
PE no Pan
Dos mais de 600 atletas brasileiros que estão no Pan, Pernambuco é representado por 14 nomes. São eles: Bruna Martinelli (vela), Pedro Queiroz (ciclismo BMX), Caroline Almeida (boxe), Stephane Smith (hóquei), Renata Arruda e Fernanda Lima (handebol), Clarissa Rodrigues e Julia Góes (natação), Amanda Lima e Kayo Santos (judô), Roberth Vieira (tiro esportivo), além de Gleison Santos, Fernando Balotelli e Mirelle Leite (atletismo).