Olimpíadas 2024

Brasil vive domingo melancólico em Paris

Assim como as celebrações, os reveses também ressoaram em todos os locais de competição

Brasil vive domingo melancólico em ParisBrasil vive domingo melancólico em Paris - Foto: Victor Pereira/Divulgação

Direto de Paris, França – Desde o início dos Jogos Olímpicos de Paris, a enorme torcida brasileira in loco tem dado um show à parte, acompanhando e apoiando os atletas do Time Brasil. As conquistas dos conterrâneos são celebradas simultaneamente em todas as arenas onde tem brasileiro nas arquibancadas. Da mesma forma, as derrotas, como as muitas deste domingo (4), também são sentidas.

Um exemplo foi quando a arena La Concorde 1 tremeu, no domingo passado (28), minutos antes de Rayssa Leal executar a manobra que a confirmou como medalhista de bronze, pois, a 7km dali, na Arena Champ-de-Mars, o judoca William Lima conquistava a medalha de prata.

Neste domingo (4), o dia começou com sinais de que nem tudo sairia como esperado. No tiro com arco, o número 1 do ranking mundial, Marcus D’Almeida, foi eliminado nas oitavas de final. Logo depois, a dupla George e André se despediram, também nas oitavas, após derrota para os alemães Wickler e Ehlers. Quase que simultaneamente, a boxeadora Jucielen Romeu sucumbiu para a turca Yildiz Kahraman nas quartas de final e também se despediu dos jogos.

Ao chegar na Complexo Esportivo Paris Sul, os brasileiros buscavam um alento, com esperança de que a medalha viria com Hugo Calderano, na disputa do bronze no tênis de mesa. Não veio. 

Enquanto entrava e era ovacionado pelo público presente na Arena 4, Calderano estava visivelmente abalado. Ele próprio confirmara, em seguida, que não conseguiu digerir a derrota nas semifinais para o sueco Truls Moregard. 

Quando o francês Felix Lebrun fechou o primeiro set com muita tranquilidade, em apenas seis minutos, ficou claro para todos que a medalha não viria, como não veio mesmo.

“Sempre fica aquele gostinho amargo porque eu, ele, o Brasil inteiro sabia que dava para beliscar medalha. A gente está meio abalado aqui saindo, triste, mas o sentimento é de muito orgulho”, lamenta o torcedor paulista Saulo Vasconcelos, de 34 anos, lembrando que, mesmo sem medalha, Hugo fez história no tênis de mesa brasileiro, ao chegar entre os quatro melhores.

A notícia da classificação da Ana Sátila às quartas de final do caiaque cross veio como uma injeção de ânimo, pois, pela frente, ainda tinha duas duplas brasileiras no vôlei de praia e o vôlei de quadra.

Injeção esta que começou a dar errado quando Bárbara e Carol Solberg perderam para as australianas Mariafe e Clancy por 2 a 0. Do Stade de France, chegava outra notícia ruim: Valdileia Martins, na final do salto em altura, se lesiona na corrida e não conseguiu concluir o salto.

Atônitos, os brasileiros se entre olhavam. As esperanças estavam na dupla Evandro e Arthur no vôlei de praia, além da equipe feminina do vôlei de quadra. E o refrigério veio, no pôr-do-sol e no acender das luzes encantadoras da Torre Eiffel.

A dupla brasileira garantiu vaga nas quartas de final ao vencer Van de Velde e Immers por 2 a 0, até com certa tranquilidade. Na quadra, as mulheres deram show e fecharam a participação na primeira fase como a melhor campanha, ao vencer a Polônia por 3 sets a 0.

Reza uma lenda nos Jogos Olímpicos que, em toda edição, tem um dia muito ruim para o Brasil. Este domingo, dia 4 de agosto, foi esse dia. É o que se espera. A ver.

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