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Futebol

Briga pelo G8 acirrada: Náutico e Paysandu se reencontram pela Série C 2023

Último duelo entre as equipes foi em 2019, pelas quartas de final da terceira divisão, com o Timbu avançando nas penalidades e conseguindo o acesso

Fernando Marchiori, técnico do NáuticoFernando Marchiori, técnico do Náutico - Foto: Tiago Caldas/ CNC

Enfrentar o Paysandu, no primeiro encontro após o jogo do acesso à Série B, em 2019, e ainda por cima tendo o técnico Hélio dos Anjos do outro lado, era o bastante para deixar a semana do Náutico agitada. Acontece que todos esses detalhes ficaram em segundo plano nesta semana. O Timbu não precisou de adversário para ver a tensão ser instalada no ambiente. Os pernambucanos foram autossuficientes na crise. Primeiro, Matheus Carvalho curtindo postagem contra o técnico Fernando Marchiori. Esse último, pivô também de desavença com o meia Souza, que chegou a ameaçar deixar o clube - no fim, foi multado por ato de indisciplina e permaneceu nos Aflitos. Com a promessa de tentar fazer todo esse cenário virar “águas passadas”, os alvirrubros, em sexto lugar, com 25 pontos, visitam o Papão, em oitavo, com 22, neste domingo (13), na Curuzu, pela Série C do Campeonato Brasileiro.

Após dias tão conturbados, o escolhido para conceder entrevista coletiva às vésperas do jogo foi Victor Ferraz, que minimizou o ocorrido. “Não mudou nada (no ambiente). Isso é uma situação normal, até corriqueira no futebol. Isso acontece bastante. Não adianta ficar se escondendo, falando meia palavra. Já aconteceu várias vezes durante o ano, mas não tinha vazado. Quando vaza, cai na boca de um povo que não está acostumado com o ambiente e acha que é de outro mundo. Já vi isso muitas vezes no futebol. No Náutico, no Grêmio, no Coritiba. Amigos já viram em outros clubes. Acontece no Flamengo, no Vasco, no Botafogo, no Sport. Quando vaza, pega uma proporção grande”, afirmou. 

“As entrevistas dos jogadores ficam cada vez mais em segundo plano. O que importa é ganhar. Quando ganha, até o que está errado fica certo. Se um grupo briga muito, dizem que o pessoal tem ‘sangue’ e ‘coração’ porque ganha. Se perdem, dizem que o treinador está sem comando, com o grupo desunido”, completou. Souza, vale dizer, participou normalmente do treino e seguiu com a delegação para Belém. 

Paysandu quer vingança

Com previsão de casa cheia, o Paysandu, oitavo colocado, com 23 pontos, tenta criar “gordura” no G8. Comandante do Papão, Hélio também estava no clube em 2019, no duelo com arbitragem polêmica de Leandro Vuaden. Os clubes empataram em 2x2 no tempo normal, com gol de pênalti do Náutico no fim, e vitória nas penalidades - com direito à invasão da torcida no gramado dos Aflitos. O treinador também trabalhou no Timbu entre 2020 e 2021, mas deixou a equipe de forma conturbada após ter sido demitido por justa causa devido uma confusão com alguns torcedores, em partida diante do Retrô. 

Ficha técnica

Paysandu

Matheus Nogueira; Anílson, Wanderson, Paulão e Eltinho; Jacy Maranhão, João Vieira, Robinho e Gustavo Custódio; Bruno Alves e Mário Sérgio. Técnico: Hélio dos Anjos

Náutico

Vagner; Victor Ferraz, Denilson, Richardson (Joecio) e Rennan Siqueira; Elton (Jean Mangabeira), Lima, Eduardo e Berguinho (Gabriel Santiago); Paul Villero e Jeam. Técnico: Fernando Marchiori

Local: Curuzu (Belém/PA)
Horário: 16h
Árbitro:Felipe Fernandes de Lima (MG). Assistentes: Celso Luiz da Silva e Ricardo Junio de Souza (ambos de MG).
Transmissão: Nosso Futebol

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