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polêmica

Bruna Surfistinha faz desabafo após críticas a patrocínio de site de acompanhantes ao Vitória

Mãe de gêmeas e autora de biografia recém-lançada, ex-garota de programa se pronunciou nas redes: "O preconceito maior sempre vem de quem mais consome"

Raquel PachecoRaquel Pacheco - Foto: Reprodução

Mãe de gêmeas e autora de uma biografia recém-lançada sobre sua experiência como garota de programa, Raquel Pacheco, 38 anos, que ficou mais conhecida como Bruna Surfistinha, se manifestou nesta terça-feira (14) em seu perfil na rede social sobre críticas sofridas pelo time Vitória após fechar patrocínio com o site de acompanhantes Fatal Model. "O preconceito maior sempre vem de quem mais consome. Eu me aposentei há 18 anos, mas tenho muito orgulho e respeito por ter sido puta!! E ser puta é bem diferente de ser vagabunda, mas nossa sociedade nunca estará preparada para essa conversa".

Anunciado nos últimos dias, a parceria gerou muita repercussão. A ponto de os jogadores entrarem em campo no último dia 12 usando uma camisa com a frase "respeito, segurança e dignidade". A marca foi estampada nas mangas de camisas de jogos e treino. O patrocínio vale até o fim da temporada. Nina Sag, porta-voz da Fatal Model, gravou um vídeo defendendo o trabalho da agência:

"O estigma da opressão e a intolerância contra nós mulheres e profissionais acompanhantes. Aqui, no Vitória, fui recebida com respeito, segurança e dignidade. Nosso contrato histórico ajuda a quebrar paradigmas e mostra que todos nós que trabalhamos dentro da lei somos protagonistas da próprio história. Esse patrocínio não é sobre dinheiro. É sobre respeito. Respeito com a minha imagem, meu trabalho e todas as pessoas que trabalham como acompanhantes e são vítimas de discriminação e ofensas. Eu tenho esse direito. Vamos erguer nossa voz contra a cultura da violência."

Raquel foi garota de programa entre 2001 e 2005. Seu blog falando da experiência rendeu filme, série e livro. Em 2021, ela anunciou sua gravidez das gêmeas Elis e Maria. Em entrevista, contou que não pretende esconder o passado das filhas e sim ensiná-las a respeitar a diversidade e todas as pessoas.

 

 

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