Capitães de seleções europeias usarão braçadeiras pela inclusão na Copa do Catar
A homossexualidade é ilegal no país sede da Copa do Mundo
Nesta quarta-feira (21), várias federações europeias anunciaram que os capitães de oito seleções, entre elas a atual campeã mundial França, usarão braçadeiras coloridas na Copa do Mundo de 2022 como forma de promover a inclusão e se posicionar contra qualquer tipo de discriminação.
Harry Kane pela Inglaterra, Hugo Lloris pela França, Manuel Neuer pela Alemanha. Estes são alguns dos que farão o uso da faixa ilustrada com um coração e as cores do arco-íris.
A seleção francesa não chegou a confirmar publicamente sua participação, mas outras federações que fazem parte do projeto incluíram os 'Bleus' em seus comunicados.
"Como capitães, nos enfrentaremos dentro de campo, mas estaremos juntos contra todas as formas de discriminação", explicou Kane em um comunicado da Federação Inglesa.
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A Federação Alemã anunciou que a iniciativa se chamará 'One Love' e explicou que a ideia partiu de um grupo de trabalho da Uefa encarregado de estudar "as questões relativas aos direitos dos trabalhadores e direitos humanos no Catar até o Mundial 2022".
One Love
— Germany (@DFB_Team_EN) September 21, 2022
In a statement against discrimination and for diversity, @Manuel_Neuer will wear a special captain's armband for our upcoming Nations League games and during the World Cup in Qatar ©️ pic.twitter.com/fiORl1Nu0t
"O amor pelo futebol une a todos, não importa de onde viemos, nossa aparência ou a quem amamos, o futebol deve estar ali para todos que se sentem discriminados ou rejeitados", acrescentou o goleiro alemão Manuel Neuer.
Também participaram da iniciativa Holanda, País de Gales, Bélgica, Dinamarca, Suíça, assim como Noruega e Suécia, esses dois últimos não classificados para a Copa.
A campanha começa nesta quinta-feira (22) com as partidas válidas pela Liga das Nações.
As autoridades do Catar vêm sendo amplamente criticadas pelas organizações internacionais pelo tratamento dado a centenas de milhares de trabalhadores, principalmente da Ásia, na construção das infraestruturas que serão utilizadas no final do ano.
A homossexualidade é ilegal no país, mas o organizadores da Copa do Mundo tentaram neutralizar a situação assegurando que casais homossexuais não serão assediados durante o torneio.