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Carrasco do Brasil na Copa de 1990, Caniggia é acusado de abuso sexual por ex-mulher

Tribunal estabeleceu que ex-atacante da seleção argentina "deve abster-se de manter qualquer tipo de contato com a denunciante"

Claudio CaniggiaClaudio Caniggia - Foto: wikipedia

A Justiça da Argentina processou o ex-jogador Claudio Caniggia acusado de ter abusado sexualmente da ex-mulher, Mariana Nannis, há cinco anos, no apartamento que então dividia com ela em Puerto Madero. O jogador também teve embargado 5 milhões de pesos em bens — cerca de R$ 94,1 mil.

A decisão do tribunal estabeleceu que o ex-atacante da seleção argentina “deve abster-se de manter qualquer tipo de contato com a denunciante, Mariana Belén Solange Nannis Silles, seja pessoal, [por] telefone, mensagens de texto, redes sociais, e-mails ou WhatsApp, mensagens instantâneas ou uma pessoa intermediária”.

Caniggia também deve "informar e provar, com mais de cinco dias úteis de antecedência, quando deverá deixar o território nacional da República Argentina, indicando expressamente o destino para o qual irá e o tempo que permanecerá em território estrangeiro".

De acordo com a resolução, a que a agência noticiosa Télam teve acesso, Caniggia é acusado de um "evento ocorrido no dia 6 de maio de 2018, entre a madrugada e as primeiras horas da manhã, no interior do edifício situado na Rua Petrona Eyle 450, departamento 221, da Cidade Autônoma de Buenos Aires, denominado 'Residencias del Hotel Faena".

Em março do ano passado, o mesmo tribunal havia julgado a improcedência de Caniggia no processo em que foi denunciado por estupro. Segundo a resolução ordenada na ocasião pelo Juiz Pablo Ormaechea, naquela instância não havia provas suficientes para tomar uma decisão no caso, encarregando o procurador Carlos Velarde de continuar investigando.

Em março de 2022, Caniggia foi investigado por esse ocorrido. Ela testemunhou virtualmente, por meio da plataforma Zoom, perante o promotor Velarde, que um mês antes havia solicitado sua investigação após reconstituir os fatos denunciados por Nannis com base em depoimentos que seus amigos contribuíram para o processo judicial.

Em sua defesa, o ex-jogador de futebol afirmou que nunca abusou da ex-mulher, acusou-a de ter inventado tudo e sustentou que a acusação contra ele se baseava em "relatos contraditórios e distantes da realidade" que lhe causaram "danos irreparáveis", de acordo com a agência Télam, a partir de fontes com acesso ao arquivo.

Mas o caso avançou, e em março deste ano Caniggia ampliou seu depoimento investigativo. O caso começou no início de 2020, quando Nannis denunciou o ex-marido por um fato que, segundo a reconstituição judicial, teria ocorrido em maio de 2018 no apartamento que Caniggia ocupava no Hotel Faena, em Puerto Madero.

Segundo a acusação do promotor Velarde, em 6 de maio de 2018, entre a madrugada e as primeiras horas da manhã, quando ambos retornaram ao hotel, após compartilharem uma festa de casamento no Hipódromo de Palermo, Caniggia "tentou ter relações sexuais com sua então esposa , Mariana Belén Nannis Silles, mas quando ela recusou, ele ameaçou matá-la, em meio a insultos”.

Em seguida, "ele deu um soco no rosto dela com o punho que não a atingiu, enquanto ela se cobria com as mãos, atingindo finalmente os braços e as mãos da vítima". Por fim, o abuso sexual teria se concretizado, quando o ato foi consumado "contra a vontade dela".

Ao requerer a investigação, o promotor considerou que “além das particularidades deste caso, a vítima e as testemunhas sustentam sua versão, formando um quadro probatório suficiente para a formulação de acusações”. Ao conduzir uma investigação e qualificar a acusação como falsa, o ex-jogador associou a denúncia à separação do casal.

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