Caso Negreira: Uefa pode excluir Barcelona de competições europeias em junho
Presidente da entidade afirmou que caso é um dos mais sérios com que já lidou
O escândalo envolvendo pagamentos do Barcelona ao ex-vice-presidente da comissão de arbitragem da Espanha, José María Enríquez Negreira, vem crescendo semana a semana na Europa, e agora pode causar as primeiras consequências sérias ao clube. Segundo o jornal espanhol Marca, a Uefa pode tomar uma decisão sobre banir o clube de competições europeias até junho.
Na última segunda-feira (3), o presidente da entidade, Aleksander Ceferin, afirmou que o caso é um dos mais sérios com que já lidou.
"Não posso comentar diretamente porque temos um comitê disciplinar independente e porque não estou lidando diretamente com o caso. Mas posso dizer que a situação é extremamente séria. Na minha opinião, é um dos casos mais sérios que já vi no futebol. Pode ser que não haja sanções esportivas na Espanha por conta de prescrição, mas sei que as coisas estão acontecendo na promotoria civil de lá. Para a Uefa, nada foi prescrito", afirmou o dirigente em entrevista ao jornal esloveno Ekipa.
Segundo Marca, as declarações vêm em um momento em que a Uefa tenta ser ágil no julgamento do caso, cuja investigação foi aberta no último dia 23. Antes, no dia 10, a Justiça de Barcelona acolheu denúncia e iniciou investigações. As punições poderia envolver a exclusão de competições europeias em uma ou mais temporadas.
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A pressa tem a ver com toda a logística que envolve o caso, uma vez que o Barça provavelmente acionaria a Corte Arbitral do Esporte (CAS) para reverter uma possível exclusão. Com isso, haveria tempo para os processos correrem antes de causarem problemas na organização das competições na temporada que vem.
Relembre o caso
9A Uefa e a Justiça investigam uma série de pagamentos à uma empresa do ex-vice-presidente da comissão de arbitragem da Espanha, José María Enríquez Negreira, divulgada em fevereiro.
Segundo o site Football Leaks, que se notabilizou por vazar informações sigilosas, os pagamentos aconteceram entre as temporadas 2001/02 e 2017/18 — passando por gestões anteriores do atual presidente, Joan Laporta — em valores anuais entre € 135 mil e € 598 mil (de R$ 743 mil a R$ 3,3 milhões). O Barcelona alega que os valores são relativos a serviços de consultoria sobre arbitragem.