Caso Robinho: advogado da vítima pedirá reabertura do caso contra os amigos ainda não julgados
O processo contra Robinho e Falco terminou com a condenação de ambos, já o caso dos outros quatro amigos do jogador está suspenso
Robinho e seu amigo Ricardo Falco foram definitivamente condenados pela Justiça italiana a nove anos de prisão por terem estuprado, em 2013, uma jovem albanesa numa boate de Milão (ITA). Mas eles não estavam sozinhos, outros quatro brasileiros, também amigos do jogador, teriam participado da violência sexual de grupo mas não foram julgados. Segundo reportagem do UOL, o advogado da vítima, Jacopo Gnocchi, pretende reverter esta situação e reabrir o processo contra eles.
Os nomes dos outros quatro envolvidos, apesar de não divulgados publicamente, constam nos documentos da investigação policial e na denúncia oferecida pelo procurador da primeira instância, Stefano Ammendola.
Mas como no decorrer das investigações eles já haviam deixado a Itália, não foram encontrados pela Justiça para serem notificados sobre a conclusão da investigação, por isso, na audiência preliminar que aconteceu em 31 de março de 2016, o juiz decidiu separar os casos.
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O processo contra Robinho e Falco terminou com a condenação de ambos. Já o caso dos outros quatro amigos do jogador está suspenso até o momento.
Gnocchi explicou que, judicialmente, eles devem ser informados de que o inquérito está concluído e que haverá audiência preliminar.
"Vamos solicitar às autoridades italianas que os encontrem e notifiquem e esperamos, assim, prosseguir com o processo. Eles têm a presunção da inocência assegurada, será a Justiça a determinar se esses senhores, que estavam juntos com os dois condenados em via definitiva, são culpados ou não", disse o advogado ao UOL.
Segundo Gnocchi, provavelmente, os brasileiros ainda não foram notificados por questões burocráticas (devido a estarem em um país estrangeiro) que se agravaram com os dois anos de pandemia.
"A esta altura do campeonato, as autoridades italianas precisam tomar providências e pedir às autoridades brasileiras auxílio, o que é previsto no acordo de cooperação internacional entre os dois países", declarou.