'Categoria aberta' da Copa do Mundo de Natação, voltada para atletas trans, não recebe inscrições
World Aquatics anunciou lançamento da categoria depois de proibir a participação de atletas transexuais em eventos como os Jogos Olímpicos e o Mundial de 2022
A World Aquatics, Federação Internacional de Natação, não recebeu “nenhuma inscrição” para a sua nova “categoria aberta”, destinada a acolher nadadores transexuais, durante o Campeonato do Mundo de Natação em Berlim, neste fim de semana, anunciou nesta terça-feira (03) a entidade.
“Nenhuma inscrição foi recebida para as provas da categoria aberta”, afirma o comunicado.
A World Aquatics anunciou em meados de agosto o lançamento desta categoria a partir da etapa do Mundial de Berlim, depois de ter proibido a participação de atletas transexuais em grandes eventos como os Jogos Olímpicos e o Mundial de 2022. Foi então criado um grupo de trabalho para lançar uma “categoria aberta”.
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"O Grupo de Trabalho da Classe Aberta da World Aquatics continuará seu trabalho e compromisso com a comunidade aquática. Mesmo que atualmente não haja demanda no nível de elite, o grupo de trabalho planeja examinar a possibilidade de incluir corridas de classe aberta nos futuros eventos Masters, " acrescenta a Federação.
O encontro de Berlim, uma das três etapas da Copa do Mundo de Natação deste ano, acontece de 6 a 8 de outubro, e serve de qualificação para as Copas do Mundo de Doha, em fevereiro de 2024, e para os Jogos Olímpicos de Paris, no próximo verão. Foram propostas “categorias abertas” nos 50 e 100 m em todos os estilos de natação.
As federações britânicas de remo e ciclismo também anunciaram nos últimos meses a criação de uma “categoria aberta” para pessoas trans e não binárias. A nível internacional, no final de 2021 o Comité Olímpico Internacional (COI) renunciou ao estabelecimento de diretrizes uniformes relativamente aos critérios de participação para atletas intersexuais e transexuais, deixando a decisão para as federações.
As instituições que regem o ciclismo e o atletismo internacionais proibiram a participação de atletas transexuais. A World Athletics, que rege o atletismo, decidiu em março excluir pessoas transexuais das competições femininas.