Futebol

CBF apresenta relatório do protocolo de segurança e descarta paralisação de jogos

Entendimento é de que o futebol no Brasil é um lugar seguro, controlado e responsável

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Na manhã desta quarta-feira (10), a CBF foi à público defender a manutenção do futebol no país, após pedidos de paralisação, por conta do pior momento da pandemia da Covid-19 no país, com 1.954 mortes por Covid-19 só nas últimas 24 horas. A entidade divulgou um relatório apresentando dados do atual protocolo de segurança da entidade. Antes da apresentação do relatório, o secretário-geral da CBF, Walter Feldman, fez uma fala defendendo o futebol no país, afirmando que ele é "seguro, controlado, responsável e tem todas as condições de continuar".

Segundo os dados apresentados do protocolo de segurança, do mês agosto até o final da temporada, foram disputadas 2.423 partidas em todas as competições chanceladas pela CBF, com 89.052 testes PCR realizados, em 112 municípios em 26 estados e no Distrito Federal. Dos testes, apenas 2,2 % tiveram resultado positivo. Ainda segundo o relatório, nenhum jogador foi para campo sem ser testado.

Um caso polêmico foi discutido na reunião, o do jogador Valdívia, do Avaí, que em partida contra o CSA, na Série B, testou positivo no intervalo da partida e precisou ser substituído. O epidemiologista Bráulio Roberto Marinho detalhou as ações após o ocorrido e que, segundo ele, prova que não há transmissão do vírus em campo.

"O Valdívia jogou o primeiro tempo da partida, o teste positivo foi comunicado no intervalo. Acompanhamos os 14 dias seguintes no CSA. Três dias depois, 19 testes e nenhum positivo. Seis dias depois, 18 testes e nenhum positivo. Treze dias depois, outros 19 testes e nenhum positivo. Mesmo no cenário extremo, não há a transmissão do vírus em campo", afirmou.

Jorge Pagura, coordenador médico da CBF, seguiu com a defesa dos dados para embasar a manutenção do futebol no país. 

"Trabalhamos em conjunto para que a gente pudesse realizar nossa atividade. Somos médicos, treinados para salvar e não há nada mais importante que a vida. Reconhecemos também o problema social como perda de empregos. Tentamos unir preservação da saúde de qualquer maneira e tentar elaborar um protocolo que preenchesse alguns preceitos. 1º: segurança de todos; 2º: controlabilidade; 3º: manutenção das atividades. Isso norteou o nosso trabalho", disse Pagura.

Para a temporada 2021, foram apresentados ajustes no protocolo de segurança. Serão realizados testes RT-PCR em média 72h antes das partidas para os atletas, com extensão para a comissão técnica no campo de jogo. Outra mudança é na testagem das equipes visitantes. Caso a partida seguinte da equipe visitante seja após cinco dias da realizada, testes serão realizados após 72h do retorno da delegação. A terceira e última mudança significativa é a de notificação compulsória dos positivos para a Comissão Médica da CBF.

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