Logo Folha de Pernambuco

Náutico

Chamusca pede valorização do empate por "circunstâncias" e critica árbitro: "Extremamente rigoroso"

Técnico alvirrubro gostou da postura da equipe após a expulsão, mas viu expulsão como fator determinante no resultado, prejudicando a evolução do time na partida

Marcelo Chamusca, treinador do NáuticoMarcelo Chamusca, treinador do Náutico - Foto: Tiago Caldas/CNC

Em entrevista coletiva após o empate diante do Guarani por 1 a 1, na tarde desse sábado (4), nos Aflitos, o técnico do Náutico, Marcelo Chamusca, analisou e aprovou a performance alvirrubra, mas sem deixar de criticar a arbitragem, que teve participação decisiva no resultado, com a expulsão de Iago Dias, por ofensa ao árbitro. De acordo com o treinador, o empate precisa ser valorizado, pelas "circunstâncias do jogo", destacando os 60 minutos que a equipe esteve com um jogador a menos. 

Para o treinador, naturalmente o empate não seria um bom resultado, mas pelos 60 minutos com um jogador a menos, contra uma equipe que tem tido bons retrospectos ofensivos, o resultado precisa ser valorizado. 

"Empatar jogando em casa, não vamos nunca falar que foi um bom resultado. O melhor resultado é vencer, sempre, ainda mais em um campeonato de pontos corridos, em que os três pontos tem peso muito grande na tabela. As circunstâncias do jogo fizeram com que a gente tenha que valorizar o ponto que conquistamos. Jogamos quase 60 minutos com um jogador a menos, contra um time que tem um dos melhores ataques da competição. É para louvar e valorizar a superação e a entrega dos atletas", disse. 

Chamusca também aproveitou para analisar as alterações feitas após a expulsão de Iago Dias. Para o técnico alvirrubro, a necessidade era segurar o ataque adversário, que passou a exercer maior pressão ofensiva, por conta da superioridade numérica.

"Fomos para o intervalo sentindo que o Guarani ia fazer um jogo de pressão, empurrando jogadores em nosso campo. A ideia, com a saída do Paiva, era ter um corredor mais fortalecido. Fechamos o centro com Trindade e Djavan. O Rhaldney iria pelo lado direito, para fazer a dobra com o Hereda e matar o jogo por ali, em cima do Bidu. Só que o Rhaldney precisou sair e quando o Luiz Henrique entrou, ganhamos muito no aspecto de transição, por ser um jogador que arrasta bem a bola, entra rápido no campo do adversário, é um volante de origem, mas já fez a função e eu treinei ele durante a semana, em caso de necessidade", analisou.

O empate deste sábado aumenta uma marca negativa do Náutico dentro dos Aflitos, chegando a cinco jogos sem vencer em casa. Para Chamusca, reverter essa sequência é fundamental para os planos da equipe na competição. 

"É uma estatística que não nos agrada de forma alguma. Não posso falar sobre os dois jogos anteriores, porque apenas os últimos dois foram sob meu comando. Precisamos voltar a vencer, isso é fundamental para o nosso objetivo, que é entrar no G4 e subir. Temos que melhorar em todos os aspectos, no ímpeto ofensivo, ser um time com mais construção, se impor mais perante o adversário", disse.

Sobre a expulsão de Iago Dias, Chamusca destacou que a posição que estava, não permitiu fazer nenhuma análise sobre o ocorrido, se baseando apenas nos relatos dos atletas, mas não poupou críticas ao árbitro Rafael Traci, considerando a decisão como rigorosa. 

"Eu conversei com o atleta e também com os que estavam no campo, porque o lance foi do lado contrário ao banco. Se tivesse sido no lado do banco, teria acontecido na minha frente e ficaria muito mais fácil para fazer a leitura. Pelos relatos, acho que o árbitro foi muito rigoroso e não sei porque ele teve essa atitude, até porque a reclamação do atleta não foi direcionada ao árbitro", disse.

O treinador alvirrubro seguiu com sua opinião sobre a expulsão. De acordo com Chamusca, o fato do atleta ter proferido um palavrão não pode ser suficiente para um cartão vermelho direto, por ser algo comum do futebol. 

"Foi um lance de dividida e no momento, ele soltou um palavrão, mas em nenhum momento foi direcionado ao árbitro. E mesmo que fosse isso, o que mais acontece em campo é palavrão. O cara expulsar um atleta de futebol por um palavrão, não vai acabar jogo, porque os dois times fizeram isso durante o jogo. Ele se ofende até muito fácil, é cheio de problema, fica até difícil de falar com ele, porque ele se acha o dono do espetáculo. Acho que ele foi extremamente rigoroso, atrapalhou o jogo e principalmente o Náutico, porque fez a gente jogar 60 minutos por uma expulsão totalmente desnecessária. Ele podia, no máximo, chamar a atenção, verbalmente, dar um cartão amarelo, se ele se sentiu ofendido. Não vi intenção do atleta em ofendê-lo, na verdade", opinou.

 

Chamusca finalizou relembrando a expulsão de Vinícius, no empate com o Vitória, para ilustrar as críticas à arbitragem. De acordo com o treinador, o Náutico foi prejudicado nas duas expulsões e que nenhuma foi merecida. 

"Semana passada nós também fomos prejudicados, com a expulsão do Vinícius, que também foi uma aberração. Como é que você expulsa um jogador, numa condição daquela, dando o cartão vermelho direto? São algumas decisões que tem nos atrapalhado. Perdemos o Vinícius para um jogo muito importante, jogamos 60 minutos com um jogador a menos. Acho que quando um atleta comete um erro, e sou firme em relação a isso, mas essas duas expulsões, com todo o respeito, nenhuma das duas foram merecidas. Essa é a minha opinião, com base nos relatos do elenco e também pelo comportamento do árbitro, que já é bem conhecido por fazer lambança em vários jogos do campeonato", concluiu.

Veja também

Novak Djokovic anuncia Andy Murray como técnico para o Aberto da Austrália
Tênis

Novak Djokovic anuncia Andy Murray como técnico para o Aberto da Austrália

Pré-Copa do Nordeste: CBF confirma confrontos para início de janeiro; Santa e Retrô jogam
FUTEBOL

Pré-Copa do Nordeste: CBF confirma confrontos para início de janeiro; Santa e Retrô jogam

Newsletter