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"Cheguei ao pior momento da minha vida", conta Rublev, nono do ranking e rival de João Fonseca

Tenistas se enfrentam nesta terça-feira na estreia do brasileiro pela competição

Andrey Rublev reage ao jogar contra o australiano Alexei Popyrin nas oitavas de final do Monte Carlo ATP Masters Series Tournament na quadra Rainier III Andrey Rublev reage ao jogar contra o australiano Alexei Popyrin nas oitavas de final do Monte Carlo ATP Masters Series Tournament na quadra Rainier III  - Foto: Valery Hache/AFP

O nono melhor tenista mundial e rival do brasileiro João Fonseca no Australian Open, Andrey Rublev, revelou não sofrer mais com "ansiedade louca". Russo contou detalhes de momento em que sofreu com depressão ao jornal inglês The Guardian.

— Ainda não estou em um lugar onde gostaria de estar, mas, finalmente, tenho uma base. Tenho algo para pisar porque, meio ano atrás, cheguei ao pior momento da minha vida em termos de como me sinto sobre mim mesmo — descreveu o tenista sobre seu momento atual.

 

Rublev, de 27 anos, passou mais de 220 semanas de sua carreira no top 10 do mundo. Ele também chegou a 10 quartas de final de Grand Slam sem chegar às semifinais de um major.

A maioria dos tenistas vive um cenário intenso e confuso que encerraria qualquer discussão investigativa sobre sua mentalidade. Rublev, em vez disso, quebra a barreira e fala sobre os momentos de baixa. Ele revela que o ponto crucial foi "depois de Wimbledon", no ano passado, quando perdeu na primeira rodada para Francisco Comesana, que era então o número 122 do mundo e nunca havia vencido uma partida no circuito ATP.

— Esse foi o pior momento que enfrentei sobre mim mesmo. Não foi sobre tênis. Foi sobre mim mesmo, tipo, depois daquele momento eu não vejo razão para viver a vida. Tipo, para quê? Isso parece um pouco dramático demais, mas os pensamentos dentro da minha cabeça estavam me matando, criando muita ansiedade, e eu não conseguia mais lidar com isso. Comecei a ter um pouco de bipolaridade. Não sei se você pode dizer assim. Mas quem fez isso começar fui eu. Agora me sinto melhor. Posso ver as coisas que estavam acontecendo — contou o tenista ao The Guardian.

— Eu estava tomando comprimidos antidepressivos e não estava ajudando em nada. No final, eu disse: 'Não quero mais tomar nada.' Parei com todos os comprimidos e Marat Safin [seu compatriota russo, que ganhou dois títulos de Grand Slam] me ajudou muito com a conversa.

Em outubro passado, durante uma derrota frustrante para Francisco Cerundolo no Masters de Paris, Rublev gritou para a multidão e bateu sua raquete contra seu joelho esquerdo sete vezes em uma súbita onda de violência.

— No começo, é claro, eu estava me sentindo mal, envergonhada, porque eu não sou esse tipo de pessoa. Não é legal ver. Agora, entendendo mais sobre mim mesma, estou mais relaxada sobre isso. Estou em um lugar muito melhor. Quando vejo esses vídeos, é como se eu estivesse em uma vida anterior. Não sou mais eu — falou.

Rublev foi o único jogador no ano passado a vencer Jannik Sinner e Carlos Alcaraz. Ele e João Fonseca se enfrentam nesta terça-feira na estreia do brasileiro pelo Asutralian Open.

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