Logo Folha de Pernambuco

Tóquio-2020

Cidade japonesa cancela passagem da tocha olímpica e aumenta incerteza sobre os Jogos

A decisão foi anunciada a 100 dias do início dos Jogos Olímpicos e é mais uma que aumenta as preocupações sobre a viabilidade do evento esportivo

Olimpíadas de Tóquio-2020Olimpíadas de Tóquio-2020 - Foto: Kim Kyung-Hoon/Pool/AFP

A passagem da tocha olímpica de Tóquio-2020 pela cidade japonesa de Matsuyama (oeste do país) será cancelada devido à situação de saúde, anunciou, nesta quarta-feira (14), o governo local, uma semana depois de uma decisão similar anunciada por outro município, o que aumenta as incertezas a respeito dos Jogos Olímpicos. 

"Cancelaremos o revezamento da tocha em Matsuyama", disse o governador de Ehime, na ilha de Shikoku, da qual Matsuyama é a maior cidade. "Celebraremos a chegada da tocha de uma maneira que não envolva o público", completou.

A decisão foi anunciada a 100 dias do início dos Jogos Olímpicos e é mais uma que aumenta as preocupações sobre a viabilidade do evento esportivo, em um momento de aumento de casos de covid-19 no Japão e outras regiões do planeta.

Na semana passada, o governo de Osaka proibiu a passagem da chama olímpica dos Jogos de Tóquio-2020 em todas as vias públicas da província, devido à situação sanitária.

Os serviços médicos de emergência da região de Ehime estão sob "pressão extrema", afirmou Nakamura, antes de destacar que sua decisão foi aceita pelo comitê organizador de Tóquio-2020, que não fez nenhum comentário público até o momento.

O revezamento da tocha olímpica começou em 25 de março em Fukushima (nordeste do Japão) e deveria passar por Matsuyama en 21 de abril.

E para deixar o cenário ainda mais complicado, nesta quarta-feira o presidente da Associação Médica de Tóquio afirmou que celebrar os Jogos Olímpicos de Tóquio no próximo verão (hemisfério norte) será "realmente difícil".

"Se os casos de infecção continuarem aumentando, será difícil organizar os Jogos Olímpicos em sua forma atual com atletas procedentes de todos os países, mesmo sem público", advertiu Haruo Ozaki, citado pelo jornal Sports Hochi.

Nesta quarta-feira, Hochi repetiu em sua página do Facebook que está preocupado e declarou que admira as façanhas recentes de vários atletas japoneses.

"Não consegui conter as lágrimas ao ver a performance da nadadora Rikako Ikee" - que retornou às competições depois de ter sido diagnosticada com leucemia em 2019 - e do golfista Hideki Matsuyama - que no domingo se tornou o primeiro japonês a conquistar um torneio Masters da modalidade.

"Mas do meu ponto de vista como diretor médico, eu diria que a celebração dos Jogos é realmente difícil. Gostaria muito que os organizadores apresentassem medidas concretas para evitar o aumento de infecções e pedir a cooperação de todos pelo bem dos atletas", completou.

A advertência foi divulgada a 100 dias para a cerimônia de abertura do evento, que foi adiado em 2020 devido à pandemia. Os Jogos Olímpicos de Tóquio estão previstos para acontecer de 23 de julho a 8 de agosto.

Apesar das garantias dos organizadores, a persistência da pandemia e os repentinos focos de Covid-19, inclusive no Japão, alteram os preparativos para os Jogos, alimentando a incerteza sobre a possibilidade ou conveniência de organizar o evento.

Tóquio e outras cidades anunciaram novas restrições sanitárias e eventos-teste olímpicos foram adiados.

Veja também

Preparação física projeta elenco do Náutico "90% apto" já no início do Pernambucano
Futebol

Preparação física projeta elenco do Náutico "90% apto" já no início do Pernambucano

Holanda bate a Alemanha, avança à sua 1ª final de Copa Davis e aguarda Itália ou Austrália
Tênis

Holanda bate a Alemanha, avança à sua 1ª final de Copa Davis e aguarda Itália ou Austrália

Newsletter