Com Ana Moser, Ministério do Esporte volta a ser comandado por ex-atleta após 24 anos
Pasta que fora transformada em secretaria no governo der Bolsonaro voltará a existir a partir de 1º de janeiro
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou nesta quinta-feira que a ex-jogadora de vôlei Ana Beatriz Moser será a nova ministra do Ministério do Esporte, pasta que será recriada a partir de janeiro e voltará a ser comandada por um ex-atleta após 24 anos.
Ana Moser será a primeira esportista no cargo desde que Pelé, no primeiro governo Fernando Henrique Cardoso (FHC), ocupou o então Ministério Extraordinário do Esporte. Nos últimos quatro anos, durante o mandato de Jair Bolsonaro, o esporte virou uma secretaria especial, subordinada ao Ministério da Cidadania.
Nascida em Blumenau, Santa Catarina, em 14 de agosto de 1968, Ana Moser integrou o time que levou a primeira medalha olímpica no vôlei feminino, em 1996, nos Jogos de Atlanta, nos Estados Unidos, quando o Brasil levou bronze.
A atleta, que começou no vôlei aos sete anos de idade, passou pela seleção brasileira infanto-juvenil antes de brilhar na equipe principal. Cinco anos depois de conquistar a medalha em Atlanta, ela fundou o Instituto Esporte e Educação, uma organizacão não-governamental que busca difundir o esporte e que já atendeu mais de 6 milhões de crianças no país e dirige a ONG até hoje.
Em novembro, Moser foi indicada pelo futuro governo para compor o grupo técnico dedicado aos temas relacionados ao Esporte na equipe de transição. Seu nome para o ministério surgiu a partir de uma vontade do presidente eleito Lula de manter uma mulher no comando da pasta. Comentarista esportiva, ela será a primeira mulher a comandar o ministério.
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Ministério do Esporte
A pasta foi criada em 1995 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, que colocou Pelé, tricampeão mundial de futebol com a Seleção Brasileira, à frente do posto.
O ministério contou ainda com Rafael Greca, Carlos Melles, Caio Cibella de Carvalho, Agnelo Queiroz, Orlando Silva, Aldo Rebelo, George Hilton, Ricardo Leyser, Leonardo Picciani e Leandro Cruz Fróes da Silva.