Com cinco pódios, jovens pernambucanos brilham no Sul-Americano de Jiu-jitsu
Academia Gracie Barra representou o Estado no Rio de Janeiro, no último final de semana
Pernambuco brilhou em solo carioca no final de semana passado. Representado por atletas de um projeto social da academia Gracie Barra, localizada em Maracaípe, no município de Ipojuca, o Estado subiu ao pódio em cinco oportunidades no Campeonato Sul-Americano Crianças de Jiu-jitsu. Foram conquistadas três medalhas de ouro, duas de prata, além de um quinto lugar na capital fluminense.
Esta foi a primeira experiência dos jovens pernambucanos em uma competição internacional. Apesar da preparação ter durado seis meses, o resultado alcançado foi além das expectativas para o professor Bruno Rodrigues, que acompanhou a delegação no torneio.
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“Estava bem apreensivo, receoso, pois eles não tinham experiência em campeonatos grandes. Nunca tinham saído do Nordeste. Sentimos um certo medo, mas, ao mesmo tempo, temos que deixar eles se testarem”, começou.
“Nem nos meus melhores sonhos imaginei que iríamos alcançar isso. Talvez duas medalhas de prata, alguma de ouro. Mas, do jeito que foi, ninguém esperava. Eles demonstraram ser muito guerreiros, uma surpresa positiva grande. Foi muito gratificante ver o trabalho, o esforço ser concretizado com título. Teve um trabalho árduo por trás, mas felicidade é o que resume tudo”, completou.
Na categoria infanto-juvenil 3, Amanda Silva (15) conquistou o ouro, enquanto Jackellyne Passos (15) e Lorena de Paula (15) ficaram com a prata. Já na infanto-juvenil 1, coube a Eduardo Oliveira (13) subir ao lugar mais alto do pódio. Enquanto na infantil 3, Ana Beatriz Bento (12) ficou com o primeiro lugar e Ananda Silva (12) ocupou a quinta colocação. Os seis atletas ainda fizeram a Gracie Barra levantar o troféu de segunda melhor equipe no geral.
Apoio
Sem patrocinadores fixos, a Gracie Barra contou com o apoio da Secretaria de Esportes de Ipojuca para participar do Sul-Americano de Jiu-jitsu. A pasta ajudou a delegação com as passagens para o Rio de Janeiro. De acordo com Bruno Rodrigues, a academia “mata um leão por dia” para atender os quase 50 jovens que integram o projeto social do Litoral Sul do Estado.
“A gente dá o melhor, esse nosso projeto vem nos rendendo títulos. Mas, vamos matando um leão por dia e contando com Deus para o amanhã. Essa é a verdade, pois trabalhamos com pessoas de baixa renda, não conseguimos gerar recursos próprios. Qualquer parceria seria bem-vinda”, detalhou.
“Dependemos de pessoas que tenham conhecimento de quem quer ajudar. Temos ajudas de comerciantes locais, como armazéns, pousadas, mercadinhos. Eles ajudam os atletas com inscrições para campeonatos, com alguma diária em hotel quando competimos no Estado. Já é uma grande ajuda”, enfatizou.
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