Com máscaras, Naomi Osaka protesta por justiça racial no US Open
Finalista no torneio, ela está estampando nomes de vítimas no acessório de proteção
Finalista do Aberto dos Estados Unidos, a tenista japonesa Naomi Osaka, de 22 anos, tem aproveitado o apelo do evento, da modalidade e da sua imagem a nível mundial para protestar em prol da justiça racial. No evento, ela tem usado máscaras na prevenção ao novo coronavírus com os nomes de vítimas da violência policial nos Estados Unidos.
“Acho que o tênis, as pessoas assistem em todo o mundo”, disse a jogadora em uma das entrevistas no evento. “Coisas que pensamos serem nomes comuns provavelmente não são comuns no exterior”, declarou.
Entre os homenageados, estão vítimas que tiveram casos de grande repercussão, como George Floyd e Breonna Taylor, e outras que não chegaram a ter tanta visibilidade mundial, a exemplo de Elijah McClain, um homem negro, de 23 anos, que morreu após um conflito violento com policiais de Aurora, no Colorado, em 2019.
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“Quando soube da história dele, foi muito doloroso”, afirmou Osaka, quando questionada sobre McClain. Em uma ação movida no mês passado contra a cidade de Aurora e sua polícia, a família de McClain alegou que ele foi atacado por policiais durante um incidente, apesar de não apresentar nenhuma ameaça física.
“Ainda não acho que o nome dele seja muito divulgado em comparação com, tipo, George Floyd ou Breonna Taylor. Para mim, foi muito especial a maneira como queria representá-lo”, declarou a atleta.
Há poucas semanas, ela chamou atenção ao anunciar que desistiria de jogar a semifinal do torneio WTA de Cincinnati, também nos Estados Unidos, após o caso que envolveu Jacob Blake, outro homem negro, de 29 anos, vítima da violência policial norte-americana. Ele foi atingido por sete tiros nas costas, no estado de Wisconsin, e perdeu os movimentos abaixo da cintura. Após o posicionamento de Osaka, a própria organização do evento anunciou a suspensão dos jogos programados para o dia seguinte.
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