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Verão

Com o verão batendo à porta, confira opções de esportes de praia para praticar; veja vídeo

Saiba qual modalidade escolher e onde fazer as aulas na Região Metropolitana do Recife

No CTFM, Fabiano Melo dá aula para 150 alunos no vôlei de praiaNo CTFM, Fabiano Melo dá aula para 150 alunos no vôlei de praia - Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), se exercitar é essencial para que tenhamos equilíbrio físico e também mental. E com a chegada oficial do verão, o cenário litorâneo vira alvo de procura não só pelo banho de mar, mas também para a prática esportiva. Com a estação das temperaturas elevadas se iniciando nesta terça-feira, a Folha de Pernambuco resolveu abordar três modalidades que estão agitando e vão continuar movimentando as areias pernambucanas nos próximos meses: vôlei de praia, futevôlei e o queridinho da vez beach tennis.  

"É muito importante que haja uma prática contínua de atividade física para a saúde como um todo, seja para melhorar a aptidão física, a frequência cardiorrespiratória ou até para conhecer novas pessoas e praticar um esporte aberto. Mas é bom lembrar que estamos num contexto de pandemia e precisamos manter o distanciamento, o uso de máscara e os cuidados básicos", explicou Filipe Gomes, professor de Educação Física.  

Não precisa chegar sabendo

Uma das referências do vôlei de praia pernambucano, o ex-atleta Fabiano Melo se aposentou há alguns anos. No entanto, a modalidade segue ditando o ritmo da sua vida, agora como professor. Responsável pelo Centro de Treinamento Fabiano Melo (CTFM), ele comanda cerca de 150 alunos nas areias da praia de Boa Viagem, no Recife. 

“Para quem quiser fazer voleibol de praia, ficamos em frente ao Edifício Pontual, à beira-mar de Boa Viagem. E, cara, não precisa saber ou ter uma iniciação, uma história com o voleibol de praia. Aqui, temos quatro professores que vão te ensinar desde a base, aprender a fazer uma postura de fazer uma manchete, e também ser um jogador, pois temos outros formatos”, convida.  

O discurso foi reforçado pela aluna do CTFM, Juliana Lima. Matriculada após o período crítico da pandemia, ela iniciou o voleibol para se manter saudável. “Recomendo que todos venham para cá. Dedicamos tanto tempo das nossas vidas ao trabalho, ao estudo, às questões formais. Por que não colocar nossa saúde como prioridade e dedicar um tempo à cuidá-la?”, questiona a bióloga e policial civil.

 
Embarque na retomada 

O momento mais brando da pandemia, por sinal, serviu como uma virada de chave para muitos que trabalham com os esportes de verão. Criador da Action Assessoria Esportiva em 2019, na praia de Casa Caiada, em Olinda, Henrique Bastos ensina futevôlei, hoje, para quase 70 alunos. A maioria deles procurou o local após as atividades serem liberadas pelo Governo do Estado. 

“Durante a pandemia (momento mais crítico) foi difícil, porque a gente não podia trabalhar, não podia dar aula. Então ficou tudo parado. Aí, quando liberou as praias, o número de alunos dobrou, quase triplicou. Foi bem mais proveitoso. O pessoal ficou com medo, viu que tinha que fazer uma atividade física. Com o período isolado, muita gente ficou sedentária e viu que tinha que cuidar da saúde”, detalha.  

Foi o caso de Thamiris Melo. Advogada, ela se empolgou com a possibilidade de praticar o esporte ao ar livre. Optou pela escolinha de Henrique após ter conhecimento que a Action disponibiliza uma turma apenas para mulheres. “Procurava um esporte que pudesse ser praticado em ambiente aberto e o futevôlei me proporcionou isso. Além disso, por saber que tem uma turma só de mulheres eu fiquei muito mais empolgada e resolvi participar”, ressalta a jovem de 27 anos. 

Beach tennis amplia fronteira

Outro esporte que tem caído nas graças do brasileiro é o beach tennis. Criado na década de 90, na Itália, chegou ao Brasil há 13 anos. E após desembarcar no Rio de Janeiro, sua prática tem ganhado vários seguidores ao redor do País. Tal fato pode ser comprovado no Royal Tênis Clube. Inaugurado há dois meses, no bairro do Poço da Panela, no Recife, o local já conta com quase 100 alunos nesta modalidade.

“Eu tenho visto o crescimento do beach tennis com naturalidade. Depois do evento da pandemia, muita gente vai buscar uma reconexão com a natureza. Vai buscar sentir o sol, pisar na areia, transpirar em ambientes abertos. E se conseguir associar todas estas experiências à uma prática esportiva, já é. Então, o crescimento do beach tennis é irrefreável, não tem mais volta. Quem experimenta, fica", enfatiza Pauliran Melo, professor da modalidade.

Prestes a completar 60 anos, a economista e aromaterapeuta Lígia Vieira é adepta do esporte. No novo clube da Zona Norte da Capital, ela faz questão de praticá-lo todos os dias, e reforça que “o beach tennis é para todas as pessoas. É para crianças, jovens, e pessoas da meia-idade também, como eu. Eu vou fazer 60 anos. Então é para todas as idades, pessoas que jogaram outros esportes e pessoas que nunca jogaram nada. Venha que você vai ver que em dois dias ou três você já vai estar jogando, é muito divertido", recomenda.

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