Natação

Com pés no chão, Beatriz Lima trilha crescimento na natação

Atleta de 12 anos particiárá do Torneio Fita Azul, no próximo sábado (2), no Parque e Centro Esportivo Santos Dumont

Beatriz, de 12 anos, já acumula conquistas na nataçãoBeatriz, de 12 anos, já acumula conquistas na natação - Foto: Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco

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Beatriz Lima vive no presente, do presente e para o presente. Uma braçada por vez, sem pensar em águas passadas, tampouco gastar fôlego com um horizonte ainda distante. Aos 12 anos, já é chamada de atleta. Mas também é "somente" Bia, diminutivo longe de ter a intenção de inferiorizá-la. Desde cedo, a piscina foi uma professora. Ensinou a nadar. Ensinou a ganhar. Ensinou a sonhar. Aprender é tudo que a jovem quer. Mas tudo no seu tempo.

Bia será uma das atletas participantes do Torneio Fita Azul 4 estilos, que será realizado neste sábado (2), no Parque e Centro Esportivo Santos Dumont, localizado no bairro de Boa Viagem- Zona Sul do Recife. A disputa terá provas de 50m nos nados borboleta, costas, livre e peito. A atleta competirá na categoria Petiz 2.

A descoberta do dom

“Comecei a nadar com um ano e quatro meses. Fiz natação na escola, depois passei uns meses no Sport e agora estou no Clube Português. Quando iniciei no esporte, eu só sabia crawl, mas depois aprendi a nadar peito, que é minha especialidade. Quando você descobre que você é boa, aí começa a querer nadar mais", afirmou.  
 
Nadar mais, nadar melhor. Bia já acumula diversas conquistas na curta carreira, tanto em torneios estaduais, como o Pernambucano de Provas Longas, em que foi ouro nos 200m peito, e regionais, caso do Norte-Nordeste, com a primeira posição nos 50m peito.

“No ano passado, eu não senti muita pressão nas competições. Mas quando ganhei minha primeira medalha, aos 10 anos, passei a sentir. Tinha dor de barriga antes das provas. A que fico mais tensa é o 200m peito. Como é longa, você precisa ficar pensando o tempo todo para não perder a concentração”, apontou.

A concentração, por sinal, não é exclusiva de Bia. “Meus pais são super importantes para mim. São eles que me dão apoio. Semanas antes de uma competição, meu pai só fala nisso. Minha mãe diz outras coisas, mas ele, se brincar, fica mais focado que eu", brincou.

Uma conterrânea de Bia serve como inspiração nas piscinas. “Joanna Maranhão veio aqui no clube uma vez, viu que eu nadava com os pés afastados e me orientou para melhorar a posição. Ela falou que eu ia chegar longe se eu continuasse nadando peito. Passei a treinar mais. Todos os meus ouros são desse estilo", disse.

Uma braçada por vez

Quando o assunto é futuro, Bia tira os pés da água e deixa no chão. "Gosto de ser chamada de atleta. Muitos familiares falam que um dia eu estarei nas Olimpíadas, mas eu sou muito nova para pensar nisso. Deve ser uma grande pressão. Quando tenho um treino mais pesado, eu já penso: 'se é assim agora, quando for mais velha será mais difícil'. Quando assisto (provas de natação), eu já fico tensa, pensando nas minhas provas, o que eu faria se estivesse ali...Gosto de nadar, mas também quero me dedicar aos estudos. Tenho tempo para pensar em tudo isso”. De fato, tempo é o que não falta. 

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