Santa Cruz

Com rateio insuficiente da CBF, Santa busca alternativas para quitar salário atrasado

Parcerias e apoio dos conselheiros estão entre as apostas da diretoria do clube para honrar os compromissos de setembro e de outubro, que vence a partir do dia 16

Constantino Júnior, presidente do Santa CruzConstantino Júnior, presidente do Santa Cruz - Foto: Anderson Stevens/Arquivo Folha

Há pouco mais de duas semanas, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, anunciou que a entidade máxima do futebol brasileiro fará o rateio de R$ 1 milhão para os 20 clubes que atualmente disputam a Série C do Campeonato Brasileiro 2020. Entre eles, claro, o Santa Cruz. Segundo o mandatário do executivo coral, Constantino Júnior, o montante bruto, que corresponde a R$ 50 mil, já começou a ser distribuído. 

“Está sendo repassado e vai servir para pagar contas”, disse. O Santa Cruz quitou o pagamento de carteira do mês de agosto, ficando em aberto os direitos de imagem do mês referido, além da carteira de setembro. O prazo para o pagamento de outubro vence daqui a 13 dias e caso não seja quitado, encaminha o segundo mês de atraso do clube com o elenco. O rateio feito pela CBF, apesar de muito bem-vindo aos cofres do José do Rego Maciel, como destaca Tininho, de longe encobre o mês em atraso que o clube tem com o elenco, uma vez que a folha salarial envolvendo plantel e comissão técnica gira em torno de R$ 400 mil. 

Além disso, o Tricolor enfrenta a dificuldade de ver parte da quantia ser destinada à Justiça do Trabalho por conta de acordos e dívidas anteriores. A dor de cabeça financeira coral foi ainda mais intensificada após a instalação da pandemia de Covid-19 no Brasil, cenário que implicou na flexibilização dos pagamentos por grande parte dos patrocinadores (antes da pandemia, o clube tinha um retorno aproximado de R$ 200 mil), e ditou ao clube, desde então, um período de quase oito meses sem poder contar com a torcida tricolor no Arruda.   

A saída da direção santacruzense, pelo menos momentaneamente, é recorrer a parcerias para readequar as contas e pagar os vencimentos dos funcionários.“Estamos correndo atrás o tempo inteiro. Nunca foi fácil, ainda mais num ano desse de pandemia e paralisação, mas a gente continua trabalhando junto a toda direção e aos conselheiros para que a gente consiga ir honrando e pagando os compromissos”, emendou Tininho. 

 

Enquanto isso, a Cobra Coral tem um acerto com os atletas para a distribuição de “bichos” até o final da Série C, tendo incluso no formato de negociação o acesso à Série B de 2021 e o título da Terceirona. As premiações têm sido feitas principalmente para os jogos disputados em casa. O confronto do próximo sábado (07), contra o Vila Nova, pela 14ª rodada da competição, deve ser ainda mais valioso para o Tricolor, que, em caso de triunfo, irá confirmar matematicamente seu passaporte de ida ao quadrangular do campeonato. 

Eleições

Na última quinta, o grupo de oposição Pró-Santa anunciou os nomes dos candidatos às eleições do clube, no dia 14 de dezembro de 2020, tendo como lideranças o conselheiro André Frutuoso e o ex-dirigente do clube, Joaquim Bezerra, como presidente do executivo e vice, respectivamente. Segundo Constantino, a “antecipação” - natural - por parte dos opositores não forçará um possível aceleramento da divulgação dos candidatos da situação para o pleito.  

“Vamos focar no futebol que estamos fazendo e no momento adequado a gente anuncia. O que a gente tem que acelerar é a busca por deixar a casa organizada e por bons resultados. Esse é o caminho, a gente está pensando no clube”, pontuou o presidente do executivo do Santa.  

A atual gestão, contudo, já vem encaminhando reuniões para debater o cenário e os possíveis candidatos nas eleições do Conselho Deliberativo do final do ano. 

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