Com rendimento abaixo, Sport acumula no ano 19 jogos a mais que concorrente de briga por acesso
Ao todo, Leão entrou em campo 58 vezes durante a temporada
A atual fase do Sport não é das mais animadoras. Após o empate com o Criciúma, no último sábado (9), na Ilha do Retiro, o Rubro-negro chegou ao quinto jogo consecutivo sem vencer na Série B - a maior sequência negativa na temporada. A queda de produção, contudo, pode ter a ver com o acúmulo de partidas no ano. Levando em consideração o G-10 da Segundona, o clube pernambucano soma 19 compromissos a mais que o Juventude, por exemplo, um dos concorrentes diretos pelo acesso.
Ao todo, o Sport entrou em campo 58 vezes durante a temporada. Das equipes que brigam no pelotão de cima, apenas o CRB tem a mesma quantidade de jogos. No entanto, vale salientar que no primeiro semestre o time alagoano realizou os 11 jogos da Copa Alagoas com uma equipe alternativa.
A quantidade de partidas realizadas pelo Leão em 2023 se dá pelo sucesso que a equipe obteve no primeiro semestre. O clube foi campeão pernambucano e finalista da Copa do Nordeste. Na Copa do Brasil, entrou na terceira fase e fez quatro jogos, caindo nas oitavas de final para o São Paulo. Na época, em meio ao ritmo frenético de compromissos, o técnico Enderson Moreira chegou a reclamar do calendário dos times nordestinos.
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À Folha de Pernambuco, o preparador físico do clube, Gérson Rocha, declarou que apesar da grande quantidade de jogos, os cuidados com o elenco são os mesmos do início da temporada. "O cuidado não muda pelo fato de estarmos com uma grande carga de jogos. Avaliamos no dia a dia a condição dos atletas, como eles chegam, comparamos com a carga de treino, com as avaliações da fisiologia, avaliações médicas, conversando com eles, e adequando a carga de treinamento ao momento de cada um. Este é o cuidado que a gente tem tido desde o início da temporada e neste momento não muda", explicou.
A pouca rotatividade do elenco, principalmente em jogos do Estadual, tem feito o Sport pagar caro nas últimas rodadas com ausências. Desfalque no útlimo sábado, Rafael Thyere também não esteve presente perante o Criciúma no primeiro turno. Nas duas oportunidades o capitão foi baixa por desconforto na coxa. O defensor soma 48 partidas no ano. Para se ter uma ideia, o Tigre entrou em campo 46 vezes durante toda temporada.
Depois de serem diagnosticados com contratura muscular, após o jogo com o Novorizontino, Felipinho e Eduardo voltaram ao time contra Botafogo-SP e Criciúma, respectivamente. Com 39 aparições no ano, mesmo sendo reserva em boa parte, o lateral-esquerdo tem a mesma quantidade de partidas que o Juventude. O lateral-direito, por sua vez, teve que lidar com lesões três vezes no ano e foi utilizado em 33 oportunidades.
Outros nomes da equipe titular também têm uma carga grande de partidas. Sabino (52), Vagner Love (49), Ronaldo Henrique (47) e Jorginho (44) pouco saíram do time. Agora na reserva, o goleiro Renan foi o responsável pela meta em 53 jogos. Entre o revezamento com Labandeira, Edinho esteve em campo 49 vezes. Outro que foi bastante utilizado foi Luciano Juba. Hoje no Bahia, o prata da casa atuou em 52 compromissos.
Segundo Gérson Rocha, o foco principal nesta reta final de Série B está na recuperação e manutenção da performance dos jogadores. "Existe a situação de cada um. Alguns precisam de uma recuperação maior, de algum ajuste de carga, e outros atletas que estão jogando menos, que chegaram depois, precisam de um pouco mais de estímulo. Mas, nessa reta final, estamos focando muito no trabalho de recuperação e de manutenção da performance deles", explicou.
Quantidade de jogos feita pelo G-10 da Série B no ano:
1 - Vitória (47 jogos);
2 - Sport (58 jogos);
3 - Guarani (41 jogos);
4 - Novorizontino (48 jogos);
5 - Vila Nova (45 jogos);
6 - Criciúma (46 jogos);
7 - Juventude (39 jogos);
8 - Atlético-GO (46 jogos);
9 - CRB (58 jogos);
10 - Ceará (50 jogos).