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Vôlei

No Compaz Ariano Suassuna, projeto de vôlei para surdos promove inclusão através do esporte

As atividades começaram no início deste mês de agosto e tem previsão de durar um ano; há vagas disponíveis para a turma

Alunos e professores da escola de vôlei para surdos, no Compaz Ariano SuassunaAlunos e professores da escola de vôlei para surdos, no Compaz Ariano Suassuna - Foto: Clarice Melo/ Folha de Pernambuco

Com o objetivo de promover a inclusão através do esporte, o Compaz Ariano Suassuna, localizado no bairro do Cordeiro, disponibiliza a escola de voleibol para surdos. As aulas acontecem em duas turmas, às quartas (das 10h às 13h) e aos sábados (das 15h às 18h). 

O projeto oferta 40 vagas para jovens entre 12 e 20 anos que devem se inscrever de forma presencial no Compaz com RG, CPF e comprovante de residência. Os menores de 18 anos precisam da presença do responsável.

É obrigatório portar documento que ateste que a deficiência, como resultados de exame de audiometria, carteira de livre acesso a ônibus ou laudo médico com o CID. As atividades começaram no início deste mês de agosto e tem previsão de durar um ano. Ainda há vagas disponíveis para a turma. 

A escola de vôlei para surdos acontece através da  lei de incentivo ao esporte com a captação de recursos de algumas empresas. A coordenação é do ex-atleta Mário Xandó, medalhista olímpico de prata em 1984

Um dos professores do projeto é Edson Maranhão, de 48 anos. Trabalhando com o esporte desde 1998, o treinador teve o primeiro contato com o vôlei para surdos em 2012, quando recebeu um convite para treinar uma dupla feminina de vôlei de praia.

"A partir de 2012, que foi a minha primeira experiência, foi tudo muito novo. Eu senti a necessidade de aprender a língua porque eu não poderia trabalhar com os surdos sem entender o idioma deles. Tenho especialização em Libras", comentou. 

O vôlei para surdos segue as mesmas regras do praticado entre os ouvintes. A única adaptação se dá através do árbitro, que ao invés de um apito utiliza uma bandeira para sinalizar as marcações da partida. 

"A acessibilidade dos surdos ao esporte vem através da nossa preocupação de fazer os ouvintes aprenderem a língua de sinais para passar o conteúdo do vôlei e facilitar o aprendizado. Inicialmente é uma mudança de vida para essas crianças. Muitos relatam que é a oportunidade de vida deles", disse Edson. 

Com o auxílio do professor Edson, Natália, de 18 anos, conversou com a Reportagem através da linguagem de sinais. 

"A primeira vez que vi surdos jogar na televisão, conheci o projeto e quis participar. Depois comecei a treinar e gostei demais. Eu sinto que sou capaz de jogar vôlei. Não só ouvinte, mas todo mundo pode jogar". 

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