Conceição lamenta resultado e diz que hora é de "virar a chave" para a Série D
Santa Cruz foi eliminado nas penalidades para o Petrolina, nas quartas de final do Campeonato Pernambucano
Um mês sem futebol para o Santa Cruz. Até a estreia na Série D, contra o Iguatu/CE, no dia 6 de maio, o Tricolor terá tempo de reorganizar o elenco, começar uma nova pré-temporada no fim do primeiro semestre e seguir a filosofia de trabalho do técnico Felipe Conceição. Uma “virada de chave” forçada. Afinal, o longo período sem uma partida oficial não foi planejado, mas sim fruto de uma eliminação nas quartas de final do Campeonato Pernambucano. Diante do Petrolina, a Cobra Coral empatou em 1x1 no tempo normal, mas foi derrotada por 5x3 nas penalidades.
“Cheguei há 10 dias. Conseguimos tirar a equipe de uma situação difícil, classificar para as quartas de final. Queríamos avançar (para a semifinal) e até merecíamos. Controlamos o jogo no primeiro tempo. Tomamos um gol com o menino (Acauã) que queria cruzar e acabou fazendo. Buscamos o empate e poderíamos ter virado. Futebol tem dessas coisas”, lamentou Conceição.
Para o treinador, mesmo com pouco tempo de trabalho já foi possível avaliar em quais pontos o Santa Cruz precisa melhorar para a disputa do torneio nacional. “Agora é pensar na Série D. Temos tempo para fazer uma boa pré-temporada. Temos um diagnóstico meu de tudo que passamos nos 10 dias. Vamos ajustar a questão de elenco, trabalho, para ter um Santa ainda melhor”, declarou.
“Foram 10 dias intensos, mas que demonstram muita coisa dos atletas, das circunstâncias. Vi onde precisamos de peças importantes para o meu modelo de jogo. Chegou um treinador novo e aí a característica que eu gosto não é a que o treinador antigo gostava. Tem carências nesse sentido e vamos buscar (reforços)”, completou.
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Ainda segundo Conceição, a frustração pela eliminação precoce no Pernambucano, que também tirou do clube a chance de disputa da Copa do Brasil em 2024, precisa ser sentida para fortalecer o elenco.
“Vamos treinar para o torcedor sentir orgulho da equipe. Isso será construído de dentro para fora. Sei que dói neles, como dói nos atletas. Mas tem que sentir essa dor porque isso faz crescer. Mas o discurso é o mesmo: o futebol não tem mágica. Teremos tempo de treinamento para construir um padrão, com uma equipe forte, vendo onde precisamos reforçar para, na Série D, mostrar o futebol que a torcida merece”, frisou.
“Tem que ter resiliência para virar a chave e iniciar um novo ciclo. A dor fica para trazer crescimento, lembrarmos o momento que estamos e, daqui um mês, estar muito melhor. Lá na frente, eles vão olhar para trás e ver que são mais fortes até pela derrota e pela dor que sentiram antes”, finalizou.