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Futebol Internacional

Confederação Africana de Futebol anuncia criação de Super Liga de clubes

Competição tem apoio da Fifa, que rechaçou projeto da Superliga Europeia

Seleção do Senegal levantando a taça da Copa AfricanaSeleção do Senegal levantando a taça da Copa Africana - Foto: CHARLY TRIBALLEAU / AFP

A Confederação Africana de Futebol (CAF) anunciou nesta quarta-feira a criação da Super Liga, competição que reunirá 24 clubes do continente, com o objetivo de atrair público para o esporte na região. A primeira edição deve acontecer entre agosto de 2023 e maio de 2024 e permitirá uma injeção de 100 milhões de euros no total para as equipes envolvidas.

"A Super Liga Africana é uma iniciativa muito importante. Um dos principais problemas na África é o financiamento. Nosso objetivo é que o futebol de clubes africano seja de nível mundial e rivalize com os melhores do mundo", declarou o presidente da CAF, Patrice Motsepe, durante o lançamento do torneio na cidade de Arusha, na Tanzânia.

Motsepe explicou que esta nova competição conta com o apoio da Fifa, mais de um ano depois de o projeto da Superliga Europeia, que reunia 12 das equipes mais importantes da Europa, ter sido rechaçado pela entidade máxima do futebol.

O proprietário do clube sul-africano Cape Town City, John Comitis, qualificou o projeto da Super Liga africana de "ideia super estúpida". "A Super Liga vai matar o futebol de clubes da África. Pode apagar as luzes das ligas nacionais", disse.

Segundo Motsepe, a CAF usará uma parte dos lucros gerados pela competição para tornar o futebol do continente mais atrativo, manter os melhores jogadores na África e melhorar a qualidade e infraestrutura dos clubes.

"Cada um dos 24 clubes que participar do torneio inicial receberá uma contribuição anual de 3,5 milhões de euros para comprar jogadores, pagar o transporte e as transferências de jogadores", explicou o presidente da CAF.

Motsepe pediu aos governos africanos que ajudem a construir estádios aprovados pela CAF para que cada jogador possa jogar em seu próprio país. O dirigente, no entanto, não especificou se este projeto substituirá a Liga dos Campeões da CAF e a Copa das Confederações, a segunda maior competição de clubes do continente.

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