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Santa Cruz

Conversas com Martelotte e readequações: Tininho fala de planejamento em torno do sonhado acesso

Presidente do executivo do Santa Cruz comentou sobre a blindagem do elenco em meio à turbulência política e trajeto para subir de divisão

Constantino Júnior, presidente do Santa CruzConstantino Júnior, presidente do Santa Cruz - Foto: Santa Cruz/divulgação

Faltando pouco mais de um mês para parte da torcida do Santa Cruz decidir quem comandará o clube ao longo do próximo triênio, o atual presidente do executivo tricolor, Constantino Júnior, traçou a linha do planejamento que pretende seguir até o final de seu mandato, que pode ser prolongado por mais três anos, caso se lance à reeleição e seja mantido no poder, ou pode se dar por encerrado no dia 14 de dezembro, quando novas eleições acontecem no clube. 

“É importante a gente entender o momento, mas com responsabilidade e com planejamento estamos conversando com o departamento financeiro para termos as respostas que possam fazer jus a receita para quitar débitos e deixar a casa em ordem. Já estamos numa reta final de campeonato e o clube não fez contratações mirabolantes, o que é natural reforçar o time em final de campeonato. A gente tem tido muita responsabilidade e fomos assertivos trazendo atletas de pouco custo”, explicou. 

A parceria com Athletico-PR e Avaí foi citada como exemplo da preocupação do clube em reduzir gastos envolvendo a chegada de jogadores. Hoje, o elenco principal é composto por quatro atletas que têm os vencimentos rateados ou que desembarcaram no Arruda sem custo, são os casos de Lourenço e Leonan; Jáderson e Kleiton. 

Ainda assim, o Santa Cruz continua enfrentando dificuldades financeiras, que não se resumem ao cenário de débitos recentes. Vale lembrar que o Tricolor iniciou o ano de 2020 em dia com o pagamento de carteira dos atletas, cenário que mudou com a chegada da pandemia do novo coronavírus. O que não mudou, contudo, foi o problema com o pagamento de direitos de imagem dos jogadores, dor de cabeça do clube pouco antes do novo coronavírus impor a paralisação do futebol no Brasil. 

Hoje, o clube tem um mês de atraso de carteira - completa dois meses no próximo dia 16 de novembro - e cerca de três meses de atraso no pagamento de direitos de imagem, direito recebido por uma parte do plantel. Além da questão salarial, Tininho defende a necessidade de manter o grupo unido, visando dar continuidade aos bons resultados em campo. 

“A gente não pode pautar o clube somente na questão de salário. Sempre aparece demanda e aqui é “lei da escassez”, você trabalha com muitas demandas para pouco recurso. Vamos organizar o que podemos, mas o principal objetivo é o acesso, trabalhar com coisas que não atrapalhem e dêem condições de manter o elenco unido para que os resultados continuem acontecendo. Essa é a demanda prioritária, mas se a gente só cuida de uma coisa as outras não andam”, enfatizou.

Na reta final da primeira fase da Série C, cuja campanha coral se sobressai a dos adversários, o mandatário comentou sobre o processo de blindagem do grupo em relação à turbulência política interna e destacou conversas com o treinador Marcelo Martelotte para manter a equipe nos trilhos do principal objetivo da temporada. 

“O futebol é muito sensível, qualquer coisa que esteja fora atrapalha. O clube tem que estar focado no campo e é um trabalho coletivo, mas não é fácil deixar os jogadores, a comissão técnica empenhados na busca por bons resultados. Isso é fruto de um trabalho de confiança entre diretoria, elenco e comissão, não nasce da noite para o dia, é construído. A gente (eu e Martelotte) sempre conversa sobre tudo do clube e sabemos que tem fatores externos que podem atrapalhar, mas conseguimos criar uma maturidade e estamos focados em buscar o principal objetivo do ano, que é o acesso”.

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