Copa do Mundo do Catar: completar o álbum pode custar quase R$ 4.000 a depender do país
Inflação global tornou hobby mais caro; aumento do preço dos pacotinhos aconteceu também em outros países
Colecionar álbuns de figurinhas da Copa do Mundo da FIFA – um hobby de longa data dos fãs de futebol – deve ser mais caro do que nunca neste ano devido à inflação global.
Antes do evento no Catar em novembro, a empresa italiana Panini SpA aumentou os preços dos pacotes contendo cinco adesivos em 12,5% no Reino Unido. Agora, o custo para preencher o álbum de 670 figurinhas é cerca de 870 libras (US$ 1.014).
A Panini lançou seu primeiro álbum da Copa do Mundo antes da edição de 1970 no México. Desde então, atraiu crianças e adultos que se reúnem em casa, nas ruas, e agora online, para troca de repetidas em busca de completar suas coleções de figurinhas.
A empresa alcançou US$ 1 bilhão em vendas em 2018, tendo como pano de fundo um ano forte de Copa do Mundo. Durante a Copa de 2018, um matemático da Universidade de Cardiff, no Reino Unido, calculou que um fã precisaria comprar 4.832 figurinhas em média para completar o álbum. Isso custaria 774 libras ao colecionador.
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Nos Estados Unidos, onde 50 pacotes são vendidos por US$ 62 na Amazon.com e US$ 72 no Walmart, completar o álbum poderia custar US$ 1.160, cerca de US$ 150 a mais do que em 2018.
No Brasil, onde diariamente 40 milhões de figurinhas foram vendidos em média antes da Copa do Mundo de 2018, cada pacote agora sai por R$ 4 (US$ 0,78 centavos), o dobro de quatro anos atrás. Isso elevaria o custo para completar o álbum para R$ 3.865, 1,5 vezes a renda média mensal do país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
A Panini, que produz álbuns de figurinhas desde 1961, também lançou figurinhas raras em homenagem a 20 craques. Um cartão com o argentino Lionel Messi é vendido por US$ 490 no eBay Inc.
Enquanto isso, Neymar Jr., brasileiro, e Cristiano Ronaldo, português, podem ser encontrado por quase US$ 400. Esta não é a primeira vez que os aumentos de preços estão nas manchetes. Em 2018, a editora aumentou os preços em até 60%
No Reino Unido e 100% no Brasil em relação ao custo de 2014. A Panini não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.