'Corte Cascão' de Ronaldo de 2002 ressurgirá no Catar? Cabeleireiro da Seleção não descarta
O barbeiro afirma ter algumas ideias preparadas para a final: "Vamos esperar fase a fase"
Será que o ousado visual de Ronaldo na reta final da Copa do Mundo de 2002, a última vencida pelo Brasil, vai ressurgir no Catar? Yuri Alexandre Santos, o cabeleireiro dos jogadores brasileiros, não descarta essa possibilidade.
"Todo mundo sabe que o corte do Ronaldo em 2002 ficou marcado pelo título e pelo estilo do cabelo que foi feito. Eu tenho algumas coisas preparadas para a final. Vamos esperar fase a fase. Eles chegando eu vou apresentando a eles", disse à AFP.
Conhecido como Yurizinho ou 'Yuri Barber', o cabeleireiro de vários jogadores da Seleção espera primeiro que eles derrotem a Croácia nesta sexta-feira e avancem para as semifinais, antes das tesouradas para imitar um corte de cabelo que na época chamou a atenção do mundo.
Na semifinal do Mundial da Coreia do Sul-Japão de 2002 contra a Turquia, Ronaldo entrou em campo com o cabelo apenas na parte da frente da cabeça.
O 'look' não foi uma tentativa do ex-astro brasileiro de se tornar um ícone fashion. Foi uma estratégia para desviar a atenção dos jornalistas de uma lesão muscular que sofreu antes do jogo, vencido por 1 a 0 com um gol seu.
O camisa 9, que anos depois reconheceu que o corte era "horrível" e pediu desculpas às mães cujos filhos o imitaram, o manteve para a final contra a Alemanha, onde os sul-americanos se sagraram pentacampeões com uma 'dobradinha' sua.
"Para alguns (jogadores, o corte de Ronaldo) pode ser uma opção, mas podemos fazer algo diferente. Mas se eles pressionarem para fazer o corte do Ronaldo e espero que sejamos campeões, eu o farei sem problemas", acrescentou Yurizinho.
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Sonho de trabalhar na Copa realizado
O barbeiro de 27 anos viajou para Doha com a família de Rodrygo, de quem é muito próximo desde os tempos em que o atacante atuava nas categorias de base do Santos de São Paulo.
Yuri Alexandre cortou o cabelo do agora jogador do Real Madrid e de outros 'meninos da Vila', como é conhecida a base do 'Peixe'.
Sua presença no Catar é fruto de uma espécie de promessa feita por Rodrygo após o Brasil ter sido eliminado nas quartas de final da Rússia-2018 ao ser derrotada pela Bélgica por 2 a 1.
Em um sessão de perguntas e respostas no Instagram, o cabeleireiro foi questionado sobre qual era o seu maior sonho. "Cortar cabelo nas Copas do Mundo seguintes", respondeu na ocasião.
Na época com 17 anos de idade, o agora 'merengue' disse a ele "fácil!". E hoje os dois estão em sua primeira Copa do Mundo.
"Como amante do futebol, sempre foi meu sonho participar de uma Copa do Mundo. É algo inexplicável viver esse sonho e ainda mais cortar o cabelo dos jogadores", disse ele.
Sua amizade com Rodrygo o aproximou dos jogadores da seleção brasileira em fevereiro, quando os visitou pela primeira vez. Em seguida, esteve na cidade italiana de Turim, onde os brasileiros se reuniram antes de viajar para o Catar.
Desde então, passaram por suas mãos Neymar, Dani Alves, Vinicius Jr, Éder Militão, Bruno Guimarães, Ederson, Antony, Marquinhos, Fred e Lucas Paquetá.
À espera do cabelo de Tite
"Geralmente, são todos muito vaidosos, gosta de estar com o cabelo perfeito", disse.
"Às vezes eles fazem um risco diferente, uma sobrancelha, um design diferente, não muda muita coisa. É um privilegio estar trabalhando com eles aqui".
Os jogadores passam por suas tesouras antes de cada jogo, e alguns a cada dois ou três dias. Pagam, segundo o cabeleireiro, o que cobra a qualquer cidadão comum: cerca de 20 dólares, embora às vezes lhe deixem boas gorjetas.
“Mas o cabelo é 1% (da atenção), eles estão focados nas partidas”, garantiu Yurizinho, que veste uma camiseta preta com o nome de Rodrygo estampado e a taça ao fundo.
O Brasil, um dos grandes favoritos ao título no Catar, está a dois jogos da final, que será disputada no dia 18 de dezembro, no estádio Lusail.
O desejo de todos é voltar para casa com o hexacampeonato na bagagem, mas Yuri Alexandre também está animado com a possibilidade de dar um trato no técnico Tite, com um corte mais clássico, bem diferente do estilo ousado dos atletas.
"Não tive o privilégio de cortar o cabelo do professor Tite, mas se deus quiser vou poder cortar até a final da Copa".
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