Criadora da vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca/Oxford é ovacionada na abertura de Wimbledon
Público aplaudiu de pé a cientista Sarah Gilbert e profissionais da saúde
A cientista e professora Sarah Gilbert, uma das responsáveis pelo desenvolvimento da vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca/ Universidade de Oxford foi ovacionada pelo público presente na quadra principal do torneio de Wimbledon, nesta segunda-feira (28).
Durante a partida de abertura do tradicional Grand Slam britânico, entre o sérvio Novak Djokovic, número 1 do mundo, e o britânico Jack Draper, o locutor do evento anunciou a presença dela, uma das líderes das pesquisas que deram origem ao imunizante.
Também foram citados funcionários do NHS, o sistema de saúde público do país. Como forma de agradecimento pelo trabalho que vem sendo realizado no combate à pandemia, os organizadores do Grand Slam se comprometeram a distribuir 100 ingressos para trabalhadores da saúde durante o torneio.
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— Folha de Pernambuco (@folhape) June 29, 2021
Antes mesmo de ele continuar com as apresentações, o público começou a aplaudir os profissionais, de pé. Sarah estava em um dos camarotes do local, após ter sido condecorada, há alguns dias, com o título de Dama.
Sarah Gilbert, de 59 anos, é professora de vacinologia na Universidade de Oxford, especialista no desenvolvimento de vacinas contra o vírus influenza e patógenos virais emergentes.
No ano passado, por conta da pandemia da Covid-19, o torneio britânico não foi realizado. Desta vez, está recebendo 50% da capacidade total de público, podendo chegar aos 100% de ocupação nas finais.
Vacina
A vacina desenvolvida pela parceria entre a farmacêutica AstraZeneca e a Universidade de Oxford recebeu o nome de ChAdOx1. Ela usa a tecnologia de vetor viral recombinante, sendo produzida a partir de uma versão enfraquecida de um adenovírus que causa resfriado em chimpanzés e não produz doença em humanos.
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O imunizante usa o material genético da proteína spike (espícula) do coronavírus causador da Covid-19. Essa parte do vírus é a responsável por ligar ele à celula humana.
No Brasil, a vacina é produzida e envasada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. Ela é aplicada em duas doses, com intervalo sugerido de 12 semanas entre elas.