Criminosos perguntaram pela mãe da filha de Neymar durante assalto em São Paulo
Trio levou joias, relógios e bolsas de grife estimadas em até R$ 600 mil; um dos assaltantes foi detido e um segundo já foi identificado, segundo delegada
Os criminosos que invadiram a casa dos sogros de Neymar, na madrugada desta terça-feira, perguntaram pela influenciadora Bruna Biancardi durante a ação, que durou cerca de 25 minutos. Bruna e a filha do jogador do Al-Hilal, Mavie, não estavam no local, que fica em um condomínio de luxo de Cotia, na região metropolitana de São Paulo.
De acordo com a delegada responsável pela investigação, Mônica Gamboa, três homens invadiram a casa por volta das 3h e encontraram no local apenas os pais de Bruna, que estavam dormindo. A mulher foi amordaçada e o casal foi mantido refém sob a mira de uma arma de fogo. A nutricionista Bianca Biancardi, irmã de Bruna, disse em publicação nas redes sociais que elas já não moram mais no local.
Um dos criminosos é filho de um casal que vive no mesmo condomínio onde o roubo ocorreu. Ele havia se mudado para o local há cerca de uma semana, e foi o responsável por liberar a entrada dos outros dois homens que participaram da ação. O trio levou joias, inclusive as que haviam sido dadas de presente a Mavie, além de três bolsas de grife e cinco relógios da casa dos Biancardis. A família estima que os itens roubados valham de R$ 500 mil a R$ 600 mil.
— Eles mantiveram a mãe da Bruna como refém, perguntaram onde estava a Bruna, onde estava a bebê. Entendo que ele tenha perguntado isso para saber onde estavam as joias. Eles pediram para a mãe mostrar onde estavam os objetos de valor. A mãe mostrou que o cofre estava vazio, que não tinha dinheiro. Um deles questionou: ‘Como assim a sogra do Neymar não tem dinheiro em casa?’. E ela falou: ‘Como você disse: eu sou sogra, não sou ele’ — disse a delegada.
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Os objetos roubados foram colocados em bolsas de viagem e os criminosos deixaram o local a pé, caminhando até a casa onde o integrante do grupo estava morando com os pais. De lá, pegaram um carro e deixaram o condomínio, com destino a um bairro próximo, já na capital paulista.
Os objetos roubados foram colocados em bolsas de viagem e os criminosos deixaram o local a pé, caminhando até a casa onde o integrante do grupo estava morando com os pais. De lá, pegaram um carro e deixaram o condomínio, com destino a um bairro próximo, já na capital paulista.
O morador do condomínio de Cotia deixou os dois comparsas e retornou à casa dos pais, onde largou o carro, tomou um banho e saiu de novo, desta vez a pé. Sua intenção, segundo ele relatou à delegada, era chamar um motorista por aplicativo e encontrar os outros dois criminosos para fazerem a divisão dos itens roubados.
Esse integrante da quadrilha, um jovem de 19 anos, foi detido no trajeto para a última etapa de seu plano. O porteiro do condomínio havia estranhado o entra-e-sai — ora de carro, ora a pé — e acionou a polícia quando foi alertado pelo casal Biancardi sobre o roubo. A maior parte das câmeras de segurança do condomínio estava inoperante devido à queda de energia que afetou grande parte da região metropolitana de São Paulo desde sexta-feira, mas a câmera da portaria funcionava com o auxílio de um equipamento de no-break. A partir das imagens, foi confirmado que o morador de 19 anos havia participado do roubo.
O jovem já tinha passagens pela polícia por crime de tráfico. A delegada Mônica Gamboa diz não descartar que o grupo possa ter cogitado um sequestro, mas acredita ser improvável que isso tenha de fato sido considerado. Para a policial, o trio que praticou o crime é “amador”:
— Se tivessem a intenção de sequestrar, teriam sequestrado os pais. Não vejo essa possibilidade neste momento. Eles queriam dinheiro.
O jovem está detido e deve ter a prisão convertida em preventiva hoje pela Justiça. A identidade de outro criminoso, de 22 anos, já é sabida pela polícia, que ainda busca identificar o terceiro integrante do grupo e localizar os itens roubados. O laudo pericial da casa onde vivem os Biancardis ainda não está pronto. A polícia aguarda também a quebra do sigilo telefônico dos criminosos para acessar suas comunicações antes e durante o crime na casa dos sogros de Neymar. A investigação está prevista para durar dez dias.