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IRREGULARIDADE

Cruzeiro pagou R$ 2,3 milhões a agente em intermediações irregulares na CBF

empresário Wagner Cruz recebeu comissões por quatro negócios

Cruzeiro Esporte ClubeCruzeiro Esporte Clube - Foto: Divulgação

O Cruzeiro pagou R$ 2.371.797,00 ao empresário Wagner Cruz em intermediações irregulares na CBF (Confederação Brasileira de Futebol) durante 2018. Por meio da Dinamic Marketing e Processamento de Dados Eireli, ele recebeu comissões por quatro negócios.

Mesmo sem registro na CBF, o que é exigido pelo Regulamento Nacional de Intermediário (RNI), o empresário participou de forma remunerada da renovação do goleiro Fábio, da venda de Gabriel Xavier e das compras de Mancuello e Hernán Barcos.
A renovação de Fábio, assinada em 10 de janeiro de 2018, rendeu R$ 750 mil ao empresário. A ida de Gabriel Xavier ao Nagoya Grampus, do Japão, fez com que ele embolsasse R$ 474.110,00, de acordo com contrato assinado em 24 de maio de 2018. Cruz ainda faturou R$ 388.800,00 com a aquisição de Mancuello, em 17 de janeiro de 2018, e mais R$ 758.887,00 com a chegada de Barcos, em 12 de julho de 2018.
 



Em todas as negociações, Wagner Cruz não tinha registro na CBF, o que faz com que elas sejam consideradas irregulares. Por isso, o clube não declarou os gastos realizados no relatório anual da entidade. A reportagem procurou Wagner Cruz para se manifestar sobre o caso. Ele não foi encontrado nas tentativas de contato telefônico e não respondeu ao e-mail enviado pelo jornalista. O ex-presidente do clube, Wagner Pires de Sá, também não se manifestou sobre o caso.

Durante a gestão de Wagner Pires de Sá e Itair Machado, o clube pagou 13 intermediações de jogadores a agentes sem registro na entidade que rege o esporte no país, gastando R$ 13,2 milhões. Ainda apareceram na lista a Fatto Gestão (envolvida na renovação de Thiago Neves), a Veloz e Moraes Negócios e Consultoria Espotiva Ltda (pela extensão contratual de Fábio), a Football Assessoria Serviços Esportivos Ltda (que participou da venda de Vitinho), a Jeo Rafah Sports Eireli (envolvida na venda de Mayke), além de Uriel Perez Jaurena (que participou da aquisição de Mancuello).

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